Por Vinicius Flavio Gonzaga
Vinicius de Morais
nasceu em 19/10/1913 na Rua Lopes Quintas nº114, no bairro do Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
Foi batizado com o nome de Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes, porem aos 9
anos foi registrado como Vinicius de Moraes.
Começou a escrever em
1922 na escola. Em 1929 com 16 anos ele se formou em Letras no Colégio Santo Inácio.
Com 17 anos entra na Faculdade de Direito da Rua do Catete, no Rio de Janeiro.
Lá, conhece um grupo de intelectuais que marcaria sua vida. No Caju, o Centro
Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais, Vinicius convive com Otávio de Faria
e San Thiago Dantas, além de companheiros como Américo Lacombe, Hélio Viana,
Plinio Doyle, Chermont de Miranda e Antonio Galloti. Se formou em direito em
1933, no mesmo ano que publicou incentivado pelo escritor Otavio de Farias seu
primeiro livro de poemas O caminho para a
distância.
Trabalhou
em serviços burocráticos do Itamaraty e, ao mesmo tempo, seguiu a carreira
jornalística ao dirigir o até então revolucionário suplemento literário de O
Jornal.
A
partir de 1958 sua carreira musical começou a fazer sucesso. Seu primeiro disco
foi LP Por toda minha vida em dupla com Tom Jobim. Morreu de edema pulmonar no dia 9/7/1980 em sua
casa na Gávea ao lado de seu
parceiro Toquinho e de Gilda Mattoso.
Poemas
Soneto de Fidelidade
De
tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero
vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E
assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angustia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Quem sabe a morte, angustia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu
possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Que não seja imortal, posto que é chama
mas
que seja infinito enquanto dure.
O Velho e a Flor
Por
céus e mares eu andei
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber o que é o amor
Ninguém sabia me dizer
E eu já queria até morrer
Quando um velhinho com uma flor assim falou
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber o que é o amor
Ninguém sabia me dizer
E eu já queria até morrer
Quando um velhinho com uma flor assim falou
O
amor é o carinho
É o espinho que não se vê em cada flor
É a vida quando
Chega sangrando
É o espinho que não se vê em cada flor
É a vida quando
Chega sangrando
Aberta
em pétalas de amor
Referencia:
http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/vida
acesso em 25.nov.2013.
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