Por Isabela Popenke
Nós,
humanos, temos uma incrível capacidade
de fazer as coisas em função da fama, o que nos traz uma necessidade enorme por
reconhecimento. Isso nos transforma em patéticos seres procurando deixar nossa marca
no mundo, como se fosse realmente possível fazer com que todas as gerações até
o fim dos tempos lembrassem do que fomos ou fizemos. E também nos faz pensar
que deixar uma marca no mundo nos torna importantes, transformando todas as
outras pessoas em “insignificantes”, como se elas não tivessem valor por não
serem reconhecidas.
Um
livro que gosto muito, chamado “A Culpa é
das Estrelas”, de John Green, diz nos capítulos finais que “somos como um bando de cães mijando em
hidrantes. Nós envenenamos as águas subterrâneas com nosso mijo tóxico,
marcando tudo como MEU numa tentativa ridícula de sobreviver a morte”. E é
verdade. Nós fazemos tudo de bom não pelas pessoas a nossa volta, mas sim para
não cair no “mar do esquecimento”
após a nossa morte e assim, deixando com que todas as boas ações percam
completamente o sentido. Afinal, do que adianta acabar com uma guerra não pelas
vidas que estavam em jogo, mas para se tornar “aquele que acabou com a guerra”? É isso que eu peço a vocês,
leitores, a partir de hoje: fazer as coisas pelo valor que elas tem, não pelo
que você ganha depois.
Comentários