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Por de trás das mortes em Ruanda

por  Lakshmi Jaya e Claudia Spaniol


A África é um continente que teve um passado histórico extremamente marcado pela exploração vinda dos europeus, e para que os colonizadores pudessem organizar a área a ser explorada por cada um, houve a necessidade de dividir o continente, organizando-o em países. A solução para isto foi realizar, no século XIX, a Conferência de Berlim, com isso conseguindo organizar a ocupação da África pelas potências coloniais.

Assim, foram criados os limites que delimitam um país do outro. Portanto, são países que muitas vezes acabaram separando pessoas de mesmos grupos étnicos, e juntando de grupos inimigos.

Causando assim uma verdadeira guerra fria, ou seja, muitos conflitos internos: de um total de 54 países que compõem a África, 24 encontram-se atualmente em guerra civil ou em conflitos armados.

Um país que podemos citar que foi palco de uma história como essa é Ruanda, país que conta com uma população de 9.997.614 habitantes, com uma economia pouco desenvolvida, sendo a agricultura responsável por empregar a maioria dos habitantes, e que possui um IDH baixo: 0,385.

Neste país, um forte conflito foi estabelecido entre os povos hutu e tutsi, começou desde a partilha da África que ocorreu em 1884 e vem sendo marcado ao longo do tempo por guerras internas. Tudo teve sua origem quando os belgas se instalaram na região de Ruanda. Ali já moravam os hutus (90%) e os tutsi (9%), tribos que até os europeus chegarem se mantinham pacificas. No entanto, os belgas repararam que havia uma diferença entre os dois povos, os tutsis eram mais altos, bonitos e com um tom de pele mais claro. Dessa forma os governantes europeus fizeram com que os hutus se sentissem inferiores, tanto moralmente, como intelectualmente aos tutsis. Com isso gerando  uma situação de revolta entre os povos.

Na década de 1960 começou a descolonização africana, e aproveitando que os europeus estavam fora do caminho dos africanos, os hutus entrarem em guerra com os tutsis, perseguindo-os por décadas.

Para agravar mais a situação dos povos, no dia 06 de abril de 1994, um atentado derrubou o avião que estava levando o presidente Habyarimana, e os hutus culparam os tutsis pelo acontecimento. Em pouco mais de três meses uma terrível onda de assassinatos tomou conta das ruas de Ruanda provocando a morte de 800 mil tutsis, causando assim um genocídio.

Conforme dados da ONU, a guerra no país provocou a morte de aproximadamente 1 milhão de ruandeses, sendo que 90% das vítimas eram de origem tutsi. 
Fontes de pesquisa:

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