Nó alunos das 8°s séries do Colégio de Aplicação fazemos parte de um projeto que se chama "Pés na estrada do conhecimento" e através deste projeto fizemos uma viagem a Fraiburgo (SC), para visitar a escola agrícola 25 de Maio, localizada no assentamento União da Vitória. Cada equipe definiu objetivos de pesquisa e por meio desse texto pretendo mostrar o que aprendemos, o conhecimento que adquirimos e assim apresentar os dados coletados pelo grupo, o nosso ponto de vista a respeito.
O grupo tem como meta e objetivo através desse texto que estamos desenvolvendo, passar aos leitores uma visão do que realmente é o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem terra (MST) e a luta da mulher dentro dele, uma realidade que a mídia, a internet e outros meios de comunicação "escondem".
Sabemos que a mulher sempre foi vítima de preconceito e discriminação. Em geral o homem sempre teve a imagem do "chefe da casa", aquele que sustenta a família e os filhos homens deveriam se espelhar neles, estudavam para trabalhar e assim formar suas famílias. Com as mulheres sempre foi totalmente diferente, tinham que ter a imagem delicada e dedicada aos serviços domésticos, tinham o papel de educar os filhos, principalmente as meninas.
Como conhecemos a cultura de Florianópolis, temos uma visão mais ampla de como era a vida dos povos nativos e antigos, as mulheres eram rendeiras e cuidavam da casa e os homens cuidavam do trabalho pesado e do sustento com a pescaria, porém os anos foram passando e com o tempo os pensamentos e opiniões foram mudando e aquela imagem da mulher foi mudando, as críticas acabaram diminuindo e com elas o preconceito, as pessoas, não apenas homens, pois muitas mulheres eram e ainda são contra a "liberdade" de escolha da mulher, acabaram aceitando os grandes passos que a mulher vem dando durando séculos para conquistar seu espaço na sociedade.
No MST não foi e nem é diferente, as mulheres aos poucos foram alcançando seus objetivos e acabando com o preconceito que tanto as afligiam, mas elas foram fortes, não desistiram e conseguiram mostrar que também tinham capacidade de substituir os homens e cumprir os mesmos afazeres que eles.
Nas entrevistas e pesquisas que realizamos em Fraiburgo, no assentamento, pudemos perceber que as tarefas são separadas igualmente, não importando se é homem ou mulher, cada dia um grupo é responsável por um trabalho, seja na limpeza, na alimentação, no cultivo da terra ou na plantação, não existe diferença, apenas mudam os grupos, que são separados igualmente, como uma aluna que se chama Daiana, da escola do assentamento, nos disse nas entrevistas, " na minha opinião não existe preconceito e diferença, as mulheres ocupam o mesmo lugar que os homens, ninguém é melhor ou pior, somos todos iguais", e foi basicamente isso que ouvimos durante as entrevistas que realizamos, mesmo elaborando diversas perguntas, o que mais chamou a atenção do grupo, e o que a grande maioria respondeu após todas as respostas de outras perguntas.
Assim concluímos que as mulheres do MST conseguiram o seu espaço, e que sua luta não foi em vão, então pudemos aprender que o papel da mulher é aceito e não é diferenciado dos homens, "são direitos e funções iguais a todos" como disse Gibraiu um militante e coordenador da escola.
DA MULHER A LUTA FICA
Clóvis CampêloDa mulher a luta fica,
fica o exemplo e a história,
ficam momentos de glória
e tudo o que se predica.
A coragem e a beleza,
fica o instinto materno
que faz o Homem eterno
diante da Natureza.
Da mulher fica a ternura,
a eterna perseverança
que mantém a esperança
acesa na criatura.
Fica a firmeza do olhar
na clareza do seu tino,
a certeza do destino,
do caminho a caminhar.
Da mulher fica o segredo,
a face oculta da lua,
e em torno dela flutua
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Grande abraço
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