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Farra do Boi

Maria Eduarda Broering da Silva, Marco Antônio da Silva (pai)
Antonio Vicente (avô)

A farra do boi é um evento sazonal que mistura tradição, violência e revolta; por todos os lugares onde é realizada, mobiliza e polemiza a sociedade em geral, da comunidade à polícia. Os que defendem argumentam tratar-se de tradição iniciada pelos açorianos há cerca de 200 anos; quanto aos que condenam, o argumento é que não passa de ignorância, violência e maus tratos aos animais, no caso o boi. Ela geralmente aparece na semana que antecede a Páscoa; nacionalmente a mais famosa é a praticada em Santa Catarina, na grande Florianópolis, especificamente na região de Governador Celso Ramos, numa localidade chamada Ganchos.

O esforço das autoridades políticas tem sido praticamente em vão durante décadas, apesar de ter melhorado muito nos últimos anos.Especialistas no assunto afirmam que o evento vem perdendo força ano após ano, baseiam-se no envelhecimento natural dos farristas e na conscientização da nova geração em respeitarem o direito dos animais.

A discussão sobre o tema farra do boi é sempre polêmica, pois, num país tão grande em extensão como o Brasil, eventos muito parecidos com a farra do boi são literalmente liberados, como as festas de rodeio, realizadas no interior de São Paulo. Eventos esses que geram muito lucro, empregos temporários e movimentam socialmente a região por onde passam pelo fato de serem itinerantes. Em Santa Catarina, esse tipo de farra ainda é pouco difundida, mas ocorre com certa frequência na cidade de São José.

Assim como a polêmica indissolúvel dos bingos e cassinos no Brasil, a farra do boi e os rodeios de peão têm em nosso país milhares de adeptos defensores e muitos ferrenhos cidadãos que repudiam atos de exposição ultrajante dos animais onde lhes é negado o direito à comida, água, descanso e, acima de tudo, liberdade. As leis, por outro lado, existem, porém são aplicadas de forma muito branda.





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