por Valentina,
Sabe-se que uma grande parte
dos produtos que consumimos, desde cosméticos e medicamentos até alimentos,
tinturas e outros, são elaborados a partir do teste em animais para garantir
que certas substâncias presentes não causem qualquer dano à saúde humana. Muitas
são as manifestações contra o uso dos animais nesse tipo de experiência, que
por certos grupos de manifestantes, são consideradas cruéis e desnecessárias.
No ano de 2010, 66.943 animais foram mortos em função de estudos e pesquisas na
Universidade Federal de Santa Catarina, isso quer dizer que por dia, somente na
UFSC, 183 animais são mortos para a realização de cursos como Medicina
Veterinária e Ciências Biológicas, segundo o blog de estudantes
http://ufscmata.wordpress.com/.
São utilizados principalmente
ratos, camundongos e cães da raça Beagle, por serem pequenos e dóceis, de
acordo com notícia de 2010, publicada no site do jornal Gazeta do Povo. Os
animais são mantidos em um Biotério (como o Biotério Central da UFSC), e são
criados especificamente para a realização de estudos e pesquisas posteriores,
assim muitos deles não chegam a sair das gaiolas durante toda sua vida. Algumas
vezes é necessário realizar uma vivisseção, que é a dissecação do animal ainda
vivo, para que possam ser comprovados e observados os efeitos do produto no
organismo.
A legislação brasileira
tolera o uso de animais em testes, ainda que sejam dos mais cruéis, em nome da
preservação da saúde humana. Os grupos que se posicionam contra, defendem a
ideia de que com a tecnologia da qual dispomos hoje, já não é necessário o
desperdício de tantas vidas. Nos EUA, por exemplo, mais de 70% das
universidades abandonaram o uso de animais e recorreram a métodos alternativos
mais avançados, para a realização do estudo. Mais de um terço das universidades
da Itália fizeram o mesmo. A faculdade de Veterinária da USP já utiliza de
outros métodos para o ensino, são utilizados cadáveres de animais que tiveram
uma morte natural em hospitais veterinários. Na própria UFSC, há alguns anos,
foi produzido um audiovisual onde era realizada a vivisseção com cães da raça
Beagle, o qual é exibido hoje em muitos dos cursos em que esse processo era
necessário, evitando o sofrimento de vários outros animais.
Iniciativas como essa
reduzem o número de animais mortos para que pesquisas e estudos possam ser
realizados. Também há diversas empresas que já abandonaram seu uso em testes de
produtos e recorreram a outras tecnologias. Não é difícil se informar a
respeito, poupando assim algumas vidas.
“Pergunte para os vivisseccionistas
por que eles experimentam em animais e eles responderão: “Porque os animais são
como nós”. Pergunte aos vivissecionistas por que é moralmente aceito
experimentar em animais e eles responderão: “Porque os animais não são como
nós”” (Professor Charles R. Magel – 1920).
E você, quais ideais
defende? Seria possível manter o ritmo de avanços na medicina, por exemplo, sem
o uso de animais para testes? De que forma?
Alguns estudantes da UFSC,
manifestando-se contra o uso de animais em experimentos, criaram um blog para
expressar suas ideias e compartilhar descobertas e avanços que poderiam evitar
a morte de muitos seres vivos em função de estudos e pesquisas. É o http://ufscmata.wordpress.com/, dê uma
olhada, reflita.
Fontes:
http://www.arcabrasil.org.br/animais/ciencia/ensinodor_cont.htm
http://www.reciis.cict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/viewArticle/397/764
http://www.gazetadopovo.com.br/blog/bloganimal/?id=1040105
http://ufscmata.wordpress.com/
Fonte da Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH0b088xwUsguMpbiE19ffoPA8dhVbLwkuaTls55fCQ5H-Dc3ctRI9l8pzn32hR41xh-JseibzPPK4Wug4VxGs9PCsgCDiGWaYsBPWV5fOHEo6hQF398clCBvs2xv-VJHWNnfzMmtE8Qs/s1600/beagles+em+testes.jpeg
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