por Leo,
Nos séculos XVI /XVII, o grande alicerce econômico do Brasil era a plantação e a venda do açúcar, pois a terra era boa para o plantio. Com isso foram construídos bastante engenhos, e logo foi preciso gente para trabalhar neles. No começo os índios foram submetidos ao trabalho escravo, porém não conseguiam dar conta do trabalho, pois morriam rápido por terem baixa resistência às doenças quando entravam em contato com os homens brancos, e também haviam poucos índios para o número de engenhos (CALDEIRA, 1999, p.42).
(acessado dia 10 de Agosto de 2012.)
(acessado dia 10 de Agosto de 2012.)
Nos séculos XVI /XVII, o grande alicerce econômico do Brasil era a plantação e a venda do açúcar, pois a terra era boa para o plantio. Com isso foram construídos bastante engenhos, e logo foi preciso gente para trabalhar neles. No começo os índios foram submetidos ao trabalho escravo, porém não conseguiam dar conta do trabalho, pois morriam rápido por terem baixa resistência às doenças quando entravam em contato com os homens brancos, e também haviam poucos índios para o número de engenhos (CALDEIRA, 1999, p.42).
Os senhores donos dos engenhos e
a coroa portuguesa decidiram então comprar mão-de-obra escrava para dar conta
do trabalho. Os escravos vinham de diferentes regiões da África, e logo que
chegavam eram misturados para dificultar o convívio e a fala já que pertenciam
a diferentes culturas, e com isso também dificultava a fuga. Os escravos eram
trazidos em navios com condições desumanas, muitos morriam no caminho, os que
tinham a “sorte” de chegarem vivos até o Brasil eram vendidos. Nesta época os escravos
não passavam de uma mercadoria.
A compra de
escravos deu certo e os engenhos deram muitos lucros para Portugal, despertando
a curiosidade e a “inveja” em muitos países, como a Holanda que resolveu mandar
tropas para espionar o funcionamento dos engenhos de açúcar (CALDEIRA, 1999,
p.50).
A vinda dos
holandeses deu certo. No tempo em que ficaram no Brasil aprenderam a técnica do
funcionamento do engenho, resolveram construir engenhos nas Antilhas, onde a
terra era fértil, e competir com Portugal na produção de açúcar. Mas a
qualidade do açúcar holandês era melhor e o preço era menor, com isso não
demorou muito para a Europa começar a comprar o açúcar dos holandeses.
Com o declínio na venda de
açúcar, Portugal passou por um momento difícil economicamente, e necessitava de
outro meio que novamente lhe desse lucro.
Foi então que no século XVIII
descobriu através dos bandeirantes a exploração de minério na região de Minas
Gerais, onde havia muitas minas de ouro, com isso Minas Gerais começou a ganhar
grande importância para a economia da colônia.
A descoberta do ouro atraiu
pessoas de toda colônia e até da Europa, fazendo com que houvesse um rápido
povoamento na região, muitas pessoas vieram para Minas Gerais com o sonho de
ficar rico da noite pro dia[1].
O ouro era extraído das minas
pelos escravos negros que vinham de diferentes regiões da África. Seu trabalho
era duro e desumano. A partir de 05h00min da manhã tinham que estar nas minas e
ás 20h00min da noite nas senzalas. Quando cansado seus feitores lhe davam o
“direito” de descansar. Descanso de escravo era carregar pedras para construir
muros das casas e igrejas da antiga Vila Rica.
Os escravos viviam cerca de cinco
a oito anos devido as suas condições de trabalho que eram precárias,
diariamente muitos morriam por doenças ou por conta dos acidentes que
aconteciam nas minas, sendo este o motivo pelo quais muitos escravos morreram.
Era muito comum o escravo ficar
cego, devido à baixa luminosidade do sol, as partículas das minas que batiam
nos olhos e os desmoronamentos.
Os escravos tinham que retirar
determinada quantidade de ouro por dia, caso isso não acontecesse ficavam sem
comida e de castigo. Aqueles que alcançassem a quantidade estipulada recebiam
uma tigela de comida, os que só conseguiam metade do ouro que seu Senhor pediu,
recebiam meia tigela de comida, daí vem à expressão “meia-tigela”.
Os escravos eram vendidos por
variados valores, cada escravo tinha seu preço conforme suas qualidades. Um
escravo comum valia em torno de 300g de ouro, o negro líder valia 2 kg ou 3 kg
de ouro, uma mulata valia 5 kg de ouro.
O negro líder era muito
importante para a escavação da mina, pois sabia fazer o arqueamento que
garantia o sustento da mina para que ela não desmoronasse, tinha o cuidado de
ir tirando a areia e as rochas para que não machucasse a cabeça nem os braços,
cavava a mina subindo de forma que a água do lençol freático saía com
gravidade, entre outras coisas. Os senhores que não obtinham um negro líder,
suas minas desmoronavam, pois eram os únicos que sabiam fazer isso[2]
.
Todo ouro retirado das minas era
entregue aos senhores, estes tinham que pagar um quinto de tudo que
conseguissem para a coroa portuguesa, isso passou acontecer após a criação das
casas de fundição, onde todo ouro recolhido deveria ser retido em barra e
conter o brasão real. Se alguém fosse pego com ouro sem ser em barra e sem
conter o brasão real, a coroa ficava com tudo, e não só com o quinto[3]
.
As cobranças de impostos geraram
muitas revoltas, entre elas a revolta Felipe dos Santos que era contra as casas
de fundições, e a Inconfidência Mineira que visava tornar Minas Gerais
independente de Portugal, esta revolta era comandava por Joaquim José da Silva
Xavier, mais conhecido como Tiradentes, que por conta disso foi esquartejado.
Referências:
CALDEIRA. Jorge. Viagem pela História do Brasil. 2. Ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 1997. 365 p.
< http://www.youtube.com/watch?v=9S_h6uhHE7E>
( acessado dia 17 de Agosto de 2012.)
[1] Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/video/me000829.mp4>
(10 de Agosto de 2012.)
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