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As Perigosas Travessias Pela Vida

Por Ana Luiza e Ana Rita,
Vimos por este meio de comunicação, expressar nosso interesse em argumentar e debater um assunto de tal relevância não só para o continente europeu, mas também para o mundo todo; a migração. 

O interesse vem de uma linha de raciocínio em que vivemos em meio a interdependências sociais, culturais, econômicas e humanitárias; e também que todos os indivíduos habitantes de quaisquer países têm o direito de ter liberdade de escolha, opinião, expressão. Portanto a partir daí resolvemos nos aprofundar na migração de grandes legiões de pessoas em busca de uma vida ao mínimo digna; e o fato que os leva a se sujeitarem a perigos extremos rumo ao “sonho europeu”. 

No ano de 2015 em meio à crise migratória devido a variados conflitos bélicos intensos, principalmente na região do Oriente Médio, levaram milhões de pessoas rumo à Europa - neste ano 1,25 milhões de requerimentos de asilo foram registrados pela União Europeia (UE) - , fora a numerosa quantidade de indivíduos que não sobreviveram diante à longos dias de caminhadas exaustivas, fome, guerra e a grande barreira natural tão temida; o Mar Mediterrâneo. 


Como maior mar interior do planeta foi e ainda é palco de grandes vitórias e derrotas, mas acima de tudo lutas de diversas etnias que brigam desvantajosamente por suas vidas com o destino. Apresentando uma profundidade média de 1.400 metros, tendo pontos que podem chegar até 5.121 metros, essas águas, infelizmente, foram o destino final de muitas vidas nestes últimos 4 anos. Em junho de 2018 pelo menos 629 pessoas faleceram tentando atravessar tal barreira natural, esse foi o número mais alto registrado desde novembro de 2016, quando a região se encontrava diante em colapso imigratório. 

De acordo com o Jornal do Comércio; Crise migratória: embarques para a vida e para morte por Juliano Tatsch de 28/09/2015, relata as motivações para a marcha aparentemente incansável dos futuros refugiados de acordo com os respectivos países: 

Síria - O país passa por uma violenta guerra civil, que coloca, de um lado, as forças do governo do presidente Bashar al-Assad; e de outro, grupos insurgentes armados que querem tirar o governante do poder. O conflito já deixou mais de 250 mil mortos. Para piorar o quadro, o grupo jihadista de origem sunita Estado Islâmico avança suas frentes e espalha o terror pelo país e região. 

Afeganistão - Em uma nação que esteve quase que permanentemente em conflito nos últimos 35 anos, as perseguições, violações dos direitos humanos, o sectarismo religioso e as ações militares de outros países tornam a vida em uma luta diária pela sobrevivência 

Iraque - A invasão dos EUA em 2003, com a derrubada de Saddam Hussein do poder, criou um vácuo de liderança. Insatisfeitos com o governo xiita, e sem obterem respostas às suas reivindicações, os sunitas engrossaram as frentes do Estado Islâmico, colocando mais combustível na instabilidade do país. 

Somália, Sudão, Gâmbia e Bangladesh - Conflitos étnicos, surtos de doenças, violações dos direitos humanos, perseguições políticas e disputas pela terra são as principais causas da imigração em massa desses países. 





Passados todos os desafios rumo a suposta paz, vencidas todas as barreiras naturais ou não, as principais portas de entrada para a UE são os Estados da Itália, Grécia - localizados de maneira mais central no Mar Mediterrâneo - e Espanha localizada quase que no extremo oeste do continente. Diante das pressões do restante do mundo os resultados foram tais - também de acordo com Jornal do Comércio, por Juliano Tatsch de 28/09/2015 - por parte do Parlamento Europeu: 

De responsabilidade da Organização das Nações Unidas (ONU): 

ONU - A Agência da Nações Unidas para Refugiados (Acnur) propôs medidas para que a Europa resolva a situação: criação de instalações na Grécia e expansão das existentes na Itália; realocações; o retorno humanizado de quem que não necessita de proteção internacional; estabilização da situação dos países vizinhos; entre outras iniciativas. 

Evidentemente que tais medidas não foram suficientes, já que a grande crise continuou e se estendeu até os dias atuais - em menores proporções -, uma vez que os conflitos políticos e bélicos citados anteriormente ainda não foram cessados por completo. 

Portanto é possível sugerir uma interferência por parte dos órgãos competentes de forma indireta, fornecendo serviços básicos de ajuda humanitária, como envio de profissionais de saúde e da educação preparados para o meio turbulento cotidiano das pessoas que seriam possíveis imigrantes. Assim, tendo em vista preservar o contato com sua terra natal, além de se obter melhores índices de preservação cultural das etnias em questão. 

Em conclusão, a negligência em relação a responsabilidade para/com os refugiados, que diversas vezes ficaram à mercê de decisões do Parlamento; reclusos em territórios litorâneos sem assistência devida ou ainda vagando pelo continente à procura de um lar onde seria possível se instalar legalmente e viver livre de discriminações raciais, culturais e sociais; resultantes muitas das vezes pelo etnocentrismo criado pela suposta relação de superioridade da Europa com o restante do mundo. 

Esperamos que um dia tudo melhore, para que todos os envolvidos em tal situação possam viver em uma melhor sociedade, sejam eles de forma direta ou não. E que a humanidade consiga superar esta onda de ódio que ronda as Nações em busca de uma hegemonia surreal, que abala todas as pessoas sem exceção e também a natureza já debilitada ao longo da formação da espécie humana até os dias atuais. 

Obrigada pela atenção! 


Referências: 






















Comentários

Ana Moreira disse…
Na minha opinião o texto teve certo uso excessivo da formalidade, até por que é um blog.
Muitas informações ao mesmo tempo também torna o texto um pouco confuso.Podia ser um pouco mais direto. Apesar do texto ter começado a ir pro caminho de uma leitura maçante, se saiu bem. Informações relevantes e boa conclusão.
Obs: a falta de vírgulas dificultou a separação das ideias.
Alis 9B disse…
É bem claro no texto que houve uma forte pesquisa por trás de sua escrita, o que resultou num post muito bem-fundado.
Porém, acho que poderia ter focado mais em situações específicas - como um ou dois países - para podermos entender um pouco melhor a crise de imigração na Europa e Oriente Médio.