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Hong Kong: por que acontecem protestos e conflitos nessa região administrativa chinesa?


Por Diogo e Lucas H

Recentemente, por meio da mídia, lemos várias notícias sobre a independência de Hong Kong. Mas por que essa região quer independência? E o que é, afinal, essa região?  Estamos aqui para responder essas perguntas e desenvolver ainda mais essas ideias.

Primeiramente, Hong Kong, formalmente Região Administrativa Especial de Hong Kong da República Popular da China, como o próprio nome sugere, é uma região que faz parte da China mas tem um pouco de autoridade local. Tem cerca de 7.5 milhões de habitantes e 1.100 km quadrados de área, um PIB per capita relativamente alto ($50 mil) e IDH muito alto (933), sétimo maior do mundo. Lá, se fala inglês e mandarim. Essa área já pertenceu a Inglaterra, mas recentemente foi entregue para a China na condição de ter um pouco de autoridade local por um tempo - infelizmente, daqui a alguns anos pertencera completamente a China.



Com a entrega da região à China, cresceu a infelicidade da região sobre isso. O governo chinês não é muito popular pela falta de liberdade que ele impõe ao povo - tanto de informação quanto de expressão.

Desde 2019, protestos e revoltas por Hong Kong surgiram, com o objetivo de virar um país independente - sem ter que viver o inferno que o governo chinês proporciona a seus habitantes. Até agora, muitas mortes e ferimentos foram causados pela polícia chinesa aos manifestantes, aumentando ainda mais os sentimentos de revolta. Alguns exemplos: segundo o UOL notícias, no dia 14/11/19 "um homem de 70 anos morreu depois de ter sido atingido por um tijolo durante confrontos entre manifestantes pró e antigoverno em Hong Kong, informou o hospital." além disso, segundo a Folha de São Paulo

"O governo de Hong Kong proibiu novas manifestações contra Pequim convocadas para este domingo (20) na região de Tsim Sha Tsui, um bairro densamente povoado e conhecido pelos hotéis de luxo, sob o pretexto de garantir a segurança no local.
A proibição foi ignorada, e milhares de manifestantes reuniram-se para mais um dia de protestos, que terminou em confrontos da polícia com os manifestantes, bombas de gás, artefatos explosivos, prisões e ataques a bancos chineses, estações de metrô e à delegacia local."

Manifestações são feitas todas as semanas - infelizmente, essa é a realidade atual de Hong Kong.Internacionalmente, essas manifestações receberam tanto o apoio de pessoas que concordam com a causa e que acreditam na liberdade de expressão. Porém, também houve uma censura sobre esses assuntos por parte de empresas e países que lucram por causa do governo chinês e querem manter o apoio do país.

Segundo o site de notícias Observador,

“a Venezuela classificou protestos como"acontecimentos abertamente promovidos por interesses estrangeiros, com o objetivo de lesar a ordem interna, a segurança pública e a integridade territorial". O governo venezuelano condenou no domingo os protestos pró-democracia em Hong Kong, dizendo que foram promovidos por interesses estrangeiros, e solidarizou-se com a China e as suas instituições nos esforços para se garantir a tranquilidade pública."

Segundo o Diário Liberdade, a Coreia do Norte também se pronunciou em relação aos protestos em Hong Kong. Ri Yong-Ho, ministro das Relações Exteriores desse país, declarou que o país apoia o governo chinês nessa questão de Hong Kong. Ele disse:

“O Partido Trabalhista coreano e o Governo da República Popular Democrática da Coreia apoiam o Partido Comunista e o Governo da China na defesa do princípio de ‘um país, dois sistemas'”

Além disso, ele enfatizou que:

“Hong Kong é da China e nenhuma força externa pode interferir em seus assuntos.

            Nós apoiamos a independência de Hong Kong, pois apoiamos o direito de expressão e informação por conta que todos nós merecemos ter a liberdade de expressão e ter um sistema democrático para melhor convivência na sociedade e evolução na humanidade perante ao mundo. Só assim teremos um futuro melhor, e nós repudiamos qualquer ação que seja antidemocrática, autoritária, excludente e que infringem os direitos humanos que infelizmente ocorrem em vários países por diversos motivos como em Hong Kong.

Referências:

Mid-year Population for 2013”. Census and Statistics Department (Hong Kong) (em inglês). Disponível em: <http://censtatd.gov.hk/press_release/pressReleaseDetail.jsp?charsetID=1&pressRID=3159> Acesso em 17 de novembro de 2019. 



“Homem de 70 anos morre atingido por tijolo em protestos em Hong Kong.” UOL notícias. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2019/11/14/homem-de-70-anos-morre-atingido-por-tijolo-em-protestos-em-hong-kong.htm> Acesso em 14 de novembro de 2019. 

“Novos protestos em Hong Kong desafiam proibição do governo.” Folha de São Paulo. Disponível em: <https://www.google.com/amp/s/www1.folha.uol.com.br/amp/mundo/2019/10/novos-protestos-em-hong-kong-desafiam-proibicao-do-governo.shtml> Acesso em 14 de novembro de 2019. 
“Venezuela condena manifestações em Hong Kong e solidariza-se com a China.” Observador. Disponível em: <https://www.google.com/amp/s/observador.pt/2019/09/09/venezuela-condena-manifestacoes-em-hong-kong-e-solidariza-se-com-a-china/amp/> Acesso em 14 de novembro de 2019. 

“Coreia do Norte manifesta apoio à China na questão de Hong Kong.” Diário Liberdade. Acesso em: <https://gz.diarioliberdade.org/artigos-em-destaque/item/317971-coreia-do-norte-manifesta-apoio-a-china-na-questao-de-hong-kong.html> Disponível em 14 de novembro de 2019.

Comentários

Ana Moreira disse…
Gostei bastante do tema escolhido e da forma simples e completa que foram apresentados os dados. Mesmo sendo um texto relativamente curto, é possível entender bem a situação.
Gostei muito da abordagem do texto. Sobre a censura que o governo Chinês está impondo sobre o mundo, afim de trazer apoio para o seu lado. Foi visto em outubro desse ano que o gerente geral do Houston Rockets, Daryl Morey, twittou sobre o protesto: "Lute pela liberdade. Fique com Hong Kong.", Em apoio ao protesto, com isso a China aplicou uma censura a suas marcas que atuavam na NBA, tirando assim o patrocínio das marcas de tênis chinesas sobre os jogadores. Isso causou uma revolta ainda maior, fazendo os protestantes ainda usarem camisas de times para protestar, em forma de agradecimento pelo "sacrifício".
(Sem contar o fato de que a China é muito frágil para aceitar que há cidades que querem se tornar independentes, como Taiwan, que é considerada um país a parte mas China "não aceita".)
- Izadora Bernardes 9°A