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RAP, o gênero musical que não se cala

Por Ana Beatriz e Henrique, 

É quase impossível abordar o tema “desigualdade” sem lembrar do RAP. RAP significa rhythm and poetry (ritmo e poesia) e sua origem foi na Jamaica, na década de 1960. A Jamaica tem papel fundamental no desenvolvimento do RAP, principalmente pelo fato de que lá, foi impulsionado com o surgimento dos equipamentos sonoros, o que ganhava vida com as festas de ruas e guetos do país (REVISTARAP, 2018). No início da década de 1970, o gênero foi apresentado aos estadunidenses, e para sermos mais precisos, foi levado aos bairros mais pobres de Nova Iorque, e assim, jovens de origens negra e espanhola deram um novo impulso ao RAP, pois finalmente encontraram algo diferenciado, novo e que os representasse.

RAP é arte, expressão, cultura e protesto. O RAP tem uma batida rápida e acelerada e a letra vem em forma de discurso, poesia, muitas vezes acompanhado de pouca melodia. Geralmente as letras falam das dificuldades da vida dos habitantes de bairros pobres das grandes cidades, mostrando principalmente a realidade, expondo o que passam e pensam. As gírias das gangues destes bairros são muito comuns nas letras de música RAP. O break, por exemplo, é um tipo de dança relacionada ao RAP. O cenário urbano do RAP é formado ainda por um visual repleto de grafites nas paredes das grandes cidades (SUAPESQUISA, 2019). Na década de 1980, o RAP sofreu uma mistura com outros estilos musicais, dando origem a novos gêneros, tais como: o acid jazz, o raggamufin (mistura com o reggae), dance rap e com letras marcadas pela violência das ruas e dos guetos, surge o gangsta rap (SUAPESQUISA, 2019).

O RAP surgiu no Brasil na década de 1980, em São Paulo e os primeiros shows foram apresentados no Teatro Mambembe (criado na Europa durante a Idade Média por artistas nos quais estavam fugindo da repressão da Igreja Católica em carroças e mostrando seus dons artísticos por meio de shows. A expressão “Mambembe” foi criada no Brasil e a maior parte do público defende que a mesma veio de origem africana - Mumbembe: lugar distante). Naquela década, as pessoas não aceitavam o RAP, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e “tipicamente de periferia” (SUAPESQUISA, 2019), o que só mostra ainda mais o preconceito estabelecido nas pessoas. 

Charge por LATUFFCARTOONS.
Na década de 1990, o RAP ganha as rádios e a indústria fonográfica começa a dar mais atenção ao estilo (SUAPESQUISA, 2019). O estilo do RAP tem como principal característica ser forte, onde mostra em forma de música os protestos contra o governo e uma sociedade em que os menospreza dia após dia e tenta apagá-los. Atualmente, junto ao FUNK, o RAP tem tirado muitas famílias periféricas do Brasil de uma situação de miséria e fome e a cada dia, seu cenário fica ainda mais vasto e com muito suor, conquista respeito e admiração do público.


Fontes: <www.suapesquisa.com/rap>

<www.revistarap.com.br/historia-do-rap-no-mundo>

</www.revistarap.com.br/rap-no-brasil>

<latuffcartoons.wordpress.com/2012/05/14/charge-sobre-a-prisao-do-rapper-emicida-pergunto-quem-tem-a-arma-de-calibre-mais-grosso>

<ciapauliceiadesvairada.blogspot.com/2010/08/teatro-mambembe.html>

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