por Valentina,
A base de uma organização
democrática é o direito de manifestar livremente suas opiniões, havendo assim
igualdade para que todos possam expor suas ideias e exercer seu papel político
dentro da sociedade.
Mas, até que ponto somos realmente livres para dizer o que quisermos?
Para nos considerarmos cidadãos
livres, temos que ter para nós que a liberdade é algo da consciência de cada
um. Liberdade não quer dizer direito, temos total liberdade para infringir a
lei, mas não temos o direito de sair impunes dela, ou seja, só podemos nos
considerar livres quando soubermos definir nossos limites em relação a nós
mesmos e aos demais.
Se todos fossem possuidores de
uma total liberdade, sem restrições, ninguém mais seria livre de ouvir o que não
quer, não teríamos mais o direito de reclamar quando somos alvo de julgamentos equivocados,
ou preconceituosos. A liberdade da qual falamos, é a simples liberdade de
escolha: manifestar-se é uma opção sua, mas se perante a lei sua atitude for
julgada preconceituosa, você será igualmente punido por ela, e ninguém pode
exercer supremacia sobre o dever de respeitar a diversidade de religião, etnias,
ou opção sexual, por exemplo.
Liberdade de expressão é poder
manifestar suas opiniões e reclamar seus direitos, exercer sua cidadania, mas o
limite à ela deve ser imposto por nós mesmos. Liberdade não significa poder ridicularizar
uma opção alheia, mas sim manifestar a sua. O limite existente para expormos nossas
críticas é quando elas começam a oprimir os outros.
A liberdade não te dá o direito
de criticar a religião de alguém, apenas o direito de seguir a sua, assim como
não te permite julgar a opção sexual de uma pessoa, mas de escolher a que
quiser. Ninguém pode manifestar seu preconceito e alegar que está expondo uma
opinião, ou reclamar o direito à liberdade de expressão, pois por mais estranho
que isso fique em uma frase, até a liberdade tem limites.
“Liberdade significa responsabilidade. É por isso
que tanta gente tem medo dela.” George Bernard Shaw.
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