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Titanic

por Fillipe Arnold,

Caro leitor, este é um texto sobre um assunto que eu gosto muito, espero que gostem.


Titanic, Olympc e Britannic eram luxuosos navios que foram construídos pela White Star Line nos estaleiros de Harland and Wolff, localizado Belfast na Irlanda, para competir com dois navios de alto escalão, o Mauritania e o Lusitania. Dois dos três navios tiveram fins trágicos, somente o Olympic teve “vida longa”(foi inaugurado em 1911, e se aposentou em 1935). Já o Brittanic, depois da tragédia do Titanic, foi solicitado como navio-hospital, e acabou atingindo uma mina no Mar Egeu e afundou.


Mas o meu texto vai focar no “inafundável” RMS TITANIC, projetado para transportar quase três mil e quinhentas pessoas, com 269 metros de comprimento e 18 de altura (da linha da agua até a linha dos botes), com 4 chaminés de dezenove metros de altura (a quarta não passava de um truque para que o navio ficasse mais glorioso, assim servindo como um túnel de ventilação). O navio foi criado pelo arquiteto naval Thomas Andrews, que começou a ser construído em 31 de março de 1909, e o primeiro teste de resistência do casco ocorreu em 31 de maio de 1911, quando seu casco foi lançado ao mar. Apesar da quantidade de passageiros, o navio não possuía botes salva-vidas para todos a bordo, somente 20.

Em sua viagem inaugural, o Titanic era comandado pelo melhor comandante da época, o senhor Edward Smith, – essa ia ser a sua última viagem antes de se aposentar, se tudo desse certo, ele iria acabar com chave de ouro. O navio partiu de Southampton, na Irlanda, dia 11 de abril de 1912, e teve duas paradas para pegar passageiros em Cherbourg, França e por Queenstown, Nova Zelândia antes de entrar no gelado Oceâno Atlântico. Depois de quatro dias de viagem e muitos avisos ignorados sobre icebergs na região, a embarcação colide com um gigantesco iceberg, rompendo uma parte do casco que estava submersa, à meia-noite do dia 14 para 15 de abril.

Mas os engenheiros do navio planejaram tudo, – ou ao menos pensavam que fizeram tudo – eles baixaram às treze divisórias à prova de água, mas mesmo assim, cinco delas já estavam em baixo d’água, as outras que sobraram só adiantariam o inevitável, que o gigantesco navio estivesse submerso pelas aguas gélidas do Atlântico.

O Titanic só tinha algumas horas de “vida”, e os primeiros sinais começavam a aparecer, a proa (parte da frente do navio) começava a submergir. Os passageiros começam a luta para se salvar. Como havia poucos botes para aquela enorme tripulação, o capitão Smith deu ordens para só entrarem nos botes mulheres e crianças, o alvoroço era tanto que os botes saiam com metade de pessoas que cabiam ali. Em mais ou menos uma hora, a embarcação já estava pela metade engolida pelas águas, e ela estava a mais ou menos em um ângulo de noventa graus (como é mostrado na imagem).

“A proa do navio afundava rapidamente e a popa elevava-se cada vez mais por sobre as águas. A imensa pressão exercida sobre o casco com a elevação da popa acima da superfície da água, forçou a abertura da junta de dilatação perto da chaminé número 1, fazendo-a tombar a poucos centímetros do meu próprio corpo.” Charles Lightoller (Sobrevivente da tragédia)

Para acalmar as pessoas, o capitão pede para a orquestra que tocava no salão de jantar, tocar até o último segundo do Titanic. Ouve-se um estrondo muito forte, a orquestra para de tocar e um silêncio percorre o “inafundável”. As pessoas ao longe nos botes só observavam o pior acontecer, o Titanic quebra pela metade, dividindo-se em duas grandes partes, engolindo quase a embarcação inteira, depois de a proa já ter afundado, a parte traseira (a popa) fica reta, flutuando como uma rolha, durante uns 30 segundos.

Às duas horas e meia do dia 15 de abril de 1912, o luxuoso navio desparece nas escuras águas do Oceano Atlântico. Durante alguns minutos havia mais de mil e quinhentas pessoas se debatendo nas águas, que deveriam estar a mais ou menos -2 graus.
“O silêncio que se seguiu parecia durar horas. De repente escutei gritos por socorro que pareciam durar uma eternidade.” Emily Borie Ryerson (Sobrevivente da tragédia)

Depois de alguns minutos, as pessoas começavam a morrer, ou de hipotermia ou, o mais provável, congeladas. Horas se passaram até que um dos 20 botes voltou e resgatou 7 pessoas vivas do cemitério aquático, em que mil e quinhentas boiavam sem rumo. Após horas, os botes avistaram um navio que os salvariam, o seu nome era Carpathia, e das 3 mil pessoas a bordo do Titanic, apenas 700 sobreviveram. Ficou somente Deus por testemunha, daquela inacreditável viagem.


Fonte: TITANIC: a história do navio mais famoso do mundo. Ed. Ciranda Cultural.



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