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Platão

por Yanka,

“O homem retrata-se inteiramente na alma; para saber o que é e o que deve fazer, deve olhar-se na inteligência, nessa parte da alma na qual fulge um raio da sabedoria divina.”

Platão (427 – 347 a.C.) nasceu em Atenas na Grécia, no dia 7 de maio  de 427 a.C. Seu nome era Aristócles, mas recebeu o apelido de Platão (ombros largos em grego). Era descendente de Sólon, que foi um dos maiores legisladores de Atenas.

Fazia parte de uma das famílias mais nobres de Atenas. Seus pais chamavam-se Aríston e Perictioné, seus irmãos chamavam-se Adimanto e Gláucon, e sua irmã chamava-se Potone. A família de Platão era muito tradicional. Por isso, grande parte dos familiares eram ligados à política. Platão, tendo influência da família, se interessou pela área. Platão recebeu boa educação, estudou leitura e escrita, ginástica, música, pintura e poesia. Iniciou seus estudos filosóficos com o sofista Crátilo, discípulo de Heráclito, e com Hermógenes, discípulo de Parménides.

Aos 18 anos, conheceu Sócrates, que foi seu mestre até o mesmo ser condenado a morte em 399 a.C. Desde cedo, Platão foi discípulo de Sócrates, estudando e aprendendo sobre as virtudes humanas. Adotou o lema de seu mestre, “O sábio é o virtuoso”.

Decepcionado com a democracia ateniense e também correndo risco de ser perseguido, por ter sido discípulo de Sócrates, Platão passou a viajar por diferentes lugares, em busca de novos aprendizados. 

            A convite de Dionísio, o velho, foi a Siracusa, no sul da Itália, onde se relacionou com os discípulos de Pitágoras, filósofo e matemático da época. A convite de Dionísio o jovem, sucessor do tirano de Siracusa, empreendeu uma segunda viagem à Sicília com objetivo de por em prática suas ideias de reforma política, apesar que nunca tomou parte ativa na política.

            Foi á Mégara, onde estudou geometria com um grande matemático da época chamado Euclides. Foi ao Egito e estudou Astronomia. Fez uma viagem para Cyrene, no norte da África, onde aperfeiçoou-se em matemática.

            Em Crotona, no sul da Itália, manteve contato com os discípulos de Pitágoras. Platão desenvolveu suas próprias teorias a partir de seus estudos e conhecimentos. Foi ao sul da Itália ao convite do mesmo Dionísio, culminou em fuga por estar implicado nas lutas políticas do Estado.

Ao voltar para Atenas, Platão fundou sua escola filosófica chamada “Academia”, no ano de 387 a.C. A Academia era um espaço de estudos filosóficos, onde os discípulos se reuniam para estudar Filosofia, Ciências, Matemática, Geometria, Astronomia, Política, etc. Com relação a academia, o que se pode dizer com segurança é que o seu fundador soube assentar a nova Instituição em alicerces.Em toda a história da cultura Grega não há notícias de uma escola desse tipo que durasse 900 anos.

Platão escreveu mais de 30 obras, como “Menexeno”, “Ménon”, “Eutidemo”, “Crátilo”, “O banquete”, “Fédon”, “Fedro”, “Teeteto”, “Parmênides”, “O sofista”, “O político”, “Timeu”, “Crítias”, “Filebo”, “As leis” e uma de suas mais conhecidas obras, “A República”.

A principal ideia em todos os ensinamentos de Platão, está na Teoria das Ideias. Que representa as Ideias como um modelo, a fórmula do mundo sensível. O filósofo coloca isso como sendo a verdadeira realidade absoluta e eterna, onde os objetos sensíveis não são mais do que reflexos do mundo das ideias. 

Em “A República” o filósofo descreve o que seria uma sociedade ideal, baseada em valores humanos a partir das virtudes encontradas na sociedade e no indivíduo.

A cidade para ser considerada perfeita, precisa ter as quatro virtudes básicas: prudência (sabedoria), o valor (coragem), a temperança (equilíbrio) e a justiça. Para ser considerada uma cidade prudente, quem a delibera (comanda) deve o fazer acertadamente. A cidade pode ser considerada corajosa quando seus defensores possuem a virtude do valor. A coragem não representa a capacidade de se atirar cegamente ao perigo. Representa a capacidade de distinguir o bem e o mal.  

O homem é dito temperante no momento em que sua melhor parte domina a pior, caso contrário, é dito escravo ou intemperante. A cidade é dita temperante quando existe harmonia entre a parte que delibera e a que obedece (a parte mais sábia libera e os menos sábios obedecem).  A temperança de uma cidade não provém de uma das partes que a compõe, e sim da harmonia do todo.

A última das virtudes é a justiça, que se forma a partir da dedicação de cada um fazer uma única coisa que estiver em conformidade com a sua natureza. Caso contrário, se houvesse uma troca de ofício ou multiplicidade, consequentemente, acarretaria a destruição da cidade. Esta é a maior injustiça que poderia se cometer.

Referências:
Livros : “A República” e “Apologia de Sócrates”
Sites:
http://portoalegre.nova-acropole.org.br
http://historiadomundo.com.br
http://e-biografias.net/platão/




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