Criação: Amanda
No 1º trimestre, em uma das aulas de português lemos uma entrevista da revista TRIP com Marcelo Rubens Paiva, um tetraplégico que escreveu o livro “Feliz ano velho”, onde contava a sua história. Na entrevista relatou a sua vontade de participar das pesquisas de células-tronco, pois ele gostaria de poder recuperar o movimento e a sensibilidade das mãos e dos braços, e assim o seu próprio corpo.
Pesquisas com células-tronco são uma conquista ou uma perda? Uma vida melhorada ou uma vida perdida? Você sabe pra onde vão 90 % dos embriões gerados em clínicas? Essa é uma polêmica que parece não ter fim.
Mas afinal o que é célula-tronco? São células primitivas, produzidas durante o desenvolvimento do organismo (embrião) e que têm a capacidade de se transformar em outros tipos de células, incluindo as do cérebro, coração, ossos, músculos e pele. Com isso, elas podem curar uma pessoa que tenha doenças como, por exemplo: câncer, osteoporose, diabetes, cegueira, danos na medula espinhal, distrofia muscular, doença de Parkinson, renais, hepáticas, do coração, de Alzheimer, pulmonar. Mas utilizando esses embriões não estaríamos impedindo uma vida? Sabe-se que 90% dos embriões gerados em clínicas de fertilização e que são inseridos em um útero, nas melhores condições, não geram vida e o destino é o “lixo”.
A pergunta que você deve estar se fazendo é por que não se começam a utilizar métodos a partir de células-tronco? Pois para alguns, como grupos religiosos e antiaborto, a destruição de um embrião é o mesmo que matar um ser humano. Porém há alguns países que permitem a utilização dessas células, como Inglaterra, Austrália, Canadá, China, Japão, Holanda, África do Sul, Alemanha e outros países da Europa. Mas aqui no Brasil, os tratamentos com células-tronco são feitos apenas em grandes centros de pesquisa, como os grandes hospitais e somente para pacientes que assinam um termo de consentimento e concordam em participar desses estudos clínicos.
Bom, polêmica que parece não ter fim, mas será que é certo deixar um paciente afetado por uma doença incurável morrer para preservar um embrião que o destino é o lixo? Ao utilizar células-tronco embrionárias para dar melhores condições de vida a um paciente não estaríamos criando, ou ajudando na sua qualidade de vida? Ou será que ficar enfiado dentro de um quarto de hospital é vida?
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?602 consultado em 13 de maio.
http://www.coladaweb.com/medicina-e-enfermagem/celulas-tronco consultado em 31 de maio.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI472268-EI1434,00.html consultado em 14 de maio.
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