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Vacinação: número de imunizações caem e a pandemia pode ser parcialmente responsável

Por Luisa.

Vacinas. Todos tomamos vacinas ao longo de nossas vidas. Em 2020/2021, o assunto vacina tornou- se mais recorrente em discussões por conta da Covid-19 e a Pandemia. Mas o tema de hoje não é sobre essa vacina em questão. Quando crianças, tomamos diversas vacinas importantes para nossa saúde como, por exemplo, contra o Sarampo, Poliomielite, Tríplice, Hepatite B, etc. O problema é que os números de vacinações contra essas e outras doenças estão caindo nos últimos anos. O que pode ser responsável pela volta dos números crescentes de doenças que há anos estavam praticamente erradicadas. Em 2020, no Brasil, a vacina tetra viral, que protege contra o Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela, ficou com o menor número de adesão, com somente 20,43% (HEADS IN HEALTH, 2020) de cobertura vacinal.

Como podemos ver no gráfico acima, com o passar dos anos os casos de Sarampo caíram bruscamente, isso só é possível pela vacinação. A pandemia em si também é um dos fatores que estão por trás dessa diminuição na cobertura de vacinação, pois, por conta das medidas de contenção e restrições, houve prejuízo dos sistemas vacinais de pelo menos 68 países (OMS e UNICEF, 2020). Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2018), os números de casos de Poliomielite diminuíram 99% desde 1988, isso por conta da vacinação. Porém, ainda que poucos os casos de crianças contaminadas, todas as crianças do mundo correm o risco de contraírem a doença que pode chegar a paralisar os membros, geralmente os membros inferiores.

Segundo o professor Enio Pedroso, da Faculdade de Medicina da UFMG (UFMG, 2020), outro fator que contribui para a baixa nos números, são os movimentos anti-vacinas, que promovem a ideia de que a vacinação não deve ser realizada, e que existem muitos riscos, porém, essas são ideias equivocadas que prejudicam a vacinação e a saúde de pessoas que acreditam nesses movimentos .

Em todo o mundo, em 2020, 23 milhões de crianças não receberam as doses de vacinas básicas, 3,7 milhões a mais do que em 2019, dados oficiais publicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde, 2020) e UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância, 2020). “Enquanto os países clamam para colocar as mãos nas vacinas contra a Covid-19, retrocedemos com outras vacinas, deixando as crianças em risco de doenças devastadoras, mas evitáveis, como sarampo, poliomielite ou meningite”, relatou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. As regiões mais afetadas foram o Sudeste Asiático e o Mediterrâneo Oriental.
https://lh3.googleusercontent.com/te84QX6glvMd0_SRVbT9AoJvDc1KAX6OVA3bfjQ1xz-84_NILUxtHcRqO8CRoqiUeTIvaQ=s118

Abaixo uma tabela com dados de casos de algumas doenças.

REGIÕES

SARAMPO

CAXUMBA

RUBÉOLA

FEBRE AMARELA

AFRICANA

2000: 500.102

2020: 115.364

2000: 38.713

2020: 94.491

2000: 865

2020: 4.883

2000: 593

2020: 1.110

MEDITERRÂNEO ORIENTAL

2000: 38.592

2020: 6.122

2000: 65.935

2020: 1.910

2000: 3.122

2020: 732

2000: 0

2020: 0

EUROPEIA

2000: 37.421

2020: 10.772

2000: 243.344

2020: 11.501

2000: 621.039

2020: 92

2000: 0

2020: 2

SUDESTE ASIATICO

2000: 78.578

2020: 9.389

2000: 9.395

2020: 390

2000: 1.165

2020: 1.514

 

AMÉRICAS

2000: 1.754

2020: 1.548

2000: 43.840

2020: 21.716

2000: 39.228

2020: 7

2000: 106

2020: 19

PACIFICO OCIDENTAL

2000: 117.052

2020: 6.601

2000: 142.866

2020: 137.932

2000: 5.475

2020: 2.966

 

(Site oficial da OMS) 

REGIÕES

SARAMPO

PÓLIO

RUBÉOLA

AFRICANA

1° DOSE: 68%

2° DOSE: 36%

1° DOSE: 71%

3° DOSE: 71%

1° DOSE: 36%

MEDITERRÂNEO ORIENTAL

1° DOSE: 83%

2° DOSE: 76%

1° DOSE: 84%

3° DOSE: 84%

1° DOSE: 45%

EUROPEIA

1° DOSE: 94%

2° DOSE: 91%

1° DOSE: 94%

3° DOSE: 94%

1° DOSE: 94%

SUDESTE ASIATICO

1° DOSE: 88%

2° DOSE: 78%

1° DOSE: 77%

3° DOSE: 85%

1° DOSE: 87%

AMÉRICAS

1° DOSE: 85%

2° DOSE: 73%

1° DOSE: 82%

3° DOSE: 81%

1° DOSE: 85%

PACIFICO OCIDENTAL

1° DOSE: 95%

2° DOSE: 94%

1° DOSE: 94%

3° DOSE: 94%

1° DOSE: 95%


Com base nas tabelas acima podemos ver que em países considerados mais pobres, como os países da África por exemplo, há um número mais baixo de cobertura vacinal, consequentemente um número mais alto de casos de doenças que em outros lugares em que os números de casos são mais baixos em relação à população.

Concluo então, que nos últimos anos diversos fatores atrapalharam a vacinação e a prevenção de doenças muito sérias, e se isso não mudar nos anos seguintes várias doenças podem voltar a se tornarem problemas maiores. Cabe aos pais e responsáveis tomarem a decisão de vacinar seus filhos e até mesmo os adultos de se vacinarem, pois a prevenção é o melhor remédio.

Referências:

Créditos da imagens:

Comentários

Anônimo disse…
Juliana de Melo Vieira - 9B

Muito importante o seu texto. As vacinas são de extrema importância pois podem evitar diversas doenças e até mesmo mortes! Como você já havia comentado em seu texto, diversas doenças já estavam praticamente erradicadas por conta da vacinação. Nesta pandemia este assunto se tornou cada vez mais recorrente, principalmente pelo movimento anti-vacina (também citado no texto), na minha opinião é muito importante que todos se vacinem contra o covid-19 e quaisquer outro vírus que seja. Parabéns pelo texto!
Lopes disse…
Mateus Grasso Lopes 9B

Gostei que seu texto que está bem relacionado ao momento que estamos passando, em relação a vacina . Você fala bastante da baixa de vacinação que está vindo nos últimos anos, você cita até o movimento anti-vacina mas pra mim não foi o suficiente para entender essa baixa de vacinação nos últimos anos. Ainda ficou uma duvida na minha cabeça... será que esse movimento anti-vacina não veio a tona agora no covid 19? por uma questão politica e entre outras? Será que as pessoas que não estão optando por tomar vacina, elas nunca tomaram vacina? Fiquei com essas duvidas na minha cabeça.

Sugiro acessar esses links, para entender diversos fatores que fizeram as pessoas pararem de se vacinar, tem fatores políticos e muito mais, e foi isso que eu senti falta no texto.

https://revistapesquisa.fapesp.br/as-razoes-da-queda-na-vacinacao/
https://youtu.be/IpRf8AIg3PI
Laura disse…
Achei seu texto muito bem estruturado. Mas sobre o movimento anti-vacina, acho que poderia ter tido mais informações, como, o porque das pessoas anti-vacinas não vacinarem seus filhos muito menos eles mesmos. E o argumento que usam para não usarem/tomar as vacinas são que as pessoas teriam que estar mais "maduras" para isso ou com mais idade, ou que as pessoas deveriam adquirir imunidade de um jeito natural, ou seja, pegando a doença e se curando sem remédios, ou tem aqueles casos de fakes news que fazem as pessoas acreditarem que a vacina tem algum chip ou que você ira ter mutação genética e virar um réptil. O caso mais famoso é quando um medico relacionou o espectro autista em crianças que tomaram a vacina tríplice viral.
Mas o que temos certeza de todos esse fato e que até você falou é que a pratica anti-vacina é perigosa a todos, tanto pra quem ainda não tomou e tem risco de pegar algum vírus.

Laura Christini da Cruz Naves 9B
Anônimo disse…
Aline Melo da Silveira 9A

Gostei muito do seu texto, achei ele super interessante, importante e completo. Parabéns! A vacinação é fundamental para prevenir muitas doenças e mortes. É muito triste ver que pessoas com pensamentos anti-vacinas vem crescendo, o que com certeza é um pensamento burro e sem sentido. É devastador imaginar que doenças que quase tinham sido totalmente exterminadas pelas vacinas voltem a ter esse espaço. Gostei que você tenha abordado este tema, porque por mais que a rejeição pela a vacina do covid-19 tenha sido grande eu não imaginava que a vacinação contra outras doenças iriam abaixar também. Obrigada pela informação!
Luíza Patrício Maffezzoli - 9°B
Achei seu texto muito completo, muito boas as informações que você trouxe, muito esclarecedor, querendo ou não trouxe mais consciência para que nós não tenhamos a mesma atitude e não deixemos outras pessoas ao nosso redor terem atitudes de negar e não confiar nos órgãos responsáveis quando forem a vez de seus filhos, sobrinhos, netos, etc.
Acredito que essa diminuição absurda no caso da vacinação, com vacinas de extrema importância, tem sido cada vez mais recorrente por conta da desinformação ou informações falsas às " Fake News”, apesar do avanço da tecnologia temos cada vez mais insciência , com isso podemos perceber que é necessário confiar nas fontes seguras, ou seja confiar nos órgãos responsáveis como por exemplo o SUS ( Sistema Único de Saúde) e OMS (Organização Mundial da Saúde).
Em minha opinião acho que com todos estes dados que foram apontados em seu texto, a melhor maneira de tentarmos reverter esta situação, que pode trazer novas pandemias como esta que estamos vivendo, é propagar cada vez mais informação com fontes e uma base mais solidificada para que não haja mais casos de pessoas anti- vacinas e muito menos um aumento mais significativo como o atual de crianças não sendo vacinadas.