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Jogos eletrônicos realmente podem deixar alguém mais violento?

Por Bernardo e Igor, 

Os video-games já estão na nossa sociedade há vários anos, servindo em grande maioria para o nosso entretenimento (mas não só isso). No começo eram voltados para as crianças e aos adolescentes, mas ao passar dos anos, essa realidade começou a mudar. Existem pessoas hoje em dia que fazem o seu ganha pão jogando jogos eletrônicos (pro-players, streamers, youtubers, etc). 

Vitória da SK GAMING (time na época composto por brasileiros) no MLG Columbus (2016). Disponivel em <https://br.ign.com/esports/31225/news/equipe-brasileira-sk-gaming-e-bicampea-nas-majors-de-csgo> Acesso em 19/07/2019
 Mas, ao passar dos anos os videogames começaram a ganhar uma atenção e um foco maior, e com isso, começaram a ser alvo de várias críticas. O que acontece com os jogos é que quase sempre são usados como desculpas para alguma coisa. "É culpa desse computador/celular". Você provavelmente já escutou uma frase semelhante a essa dos seus pais. Saiba que em outros épocas, a “desculpa” era outra, como quadrinhos ou programas de televisão.

Infelizmente eles também ainda são vistos por parte de pessoas - mais velhas principalmente - como coisa de criança. O que sabemos que não é verdade, já que existem jogos com faixa etária de mais de 18 anos. E também, como já dito acima, pessoas adultas que jogam para se sustentar. 
Classificação indicativa dos jogos. Disponível em <https://medium.com/@interagames2/classifica%C3%A7%C3%A3o-indicativa-dos-jogos-b4ca8eb3e078> Acesso em 19/07/2019

É bem importante também quebrar essa ideia de que jogo é uma coisa de criança, principalmente quando se quer conversar sobre o caso violência/jogos. Ainda é bem atual as discussões sobre como os jogos podem influenciar a vida de uma pessoa, tanto de uma forma positiva - ajudando ela no raciocínio, a fazer novas amizades; quanto negativa - influenciando o sedentarismo ou o vício - , por exemplo.

Mas falar que os "jogos violentos" podem te influenciar e te deixar mais agressivo não passa de uma falácia. Porquê? Bem, primeiramente, o que não influencia a vida de uma pessoa? Livros, filmes, séries de TV, absolutamente tudo gera uma certa influência em quem nós somos. Somos moldados pela sociedade em que vivemos, na qual é influenciada por diversos fatores. 

Em nossa opinião, tanto os jogos como outros meios como televisão, livros, dentre outros, também podem exercer algum tipo de influência em seus usuários. No caso dos jogos, se alguém já tiver uma certa tendência (uma pessoa com algum problema psicológico, por exemplo) a ser influenciada ou a se irritar facilmente ao ser exposta a algum tipo de jogo, pode acabar afetando muito ela. Assim, a pessoa pode ter alteração em seu comportamento, tendo reações consideradas inadequadas nos ambientes que frequenta.

É por isso que é importante o controle dos pais em alguns casos. Se eles sabem que seu filho/filha tem algum tipo de transtorno ou problema que pode acabar influenciando a fazer alguma coisa inadequada, é altamente recomendado que os pais criem limites e conversem com eles antes de dar algum jogo ou deixar eles verem algum programa de TV violento, por exemplo .

Existem também vários estudos que dizem que não há relação entre agressividade e games violentos (1). O que vemos, é que os videogames também hoje em dia proporcionam grandes aprendizados. Jogos como Euro Truck Simulator 2, ou Asseto Corsa possuem aspectos físicos bem realistas, além de uma dirigibilidade muita parecida com a da vida real. Não só isso, mas também , segundo estudos , o mercado de games pode ter lucro maior do que as indústrias de cinema e música somadas (2) .

O Brasil atualmente está na liderança no setor de jogos da América Latina, principalmente na parte de jogos mobile (jogos feitos para celulares/tablets), e segundo noticias (3), os videogames já movimentaram cerca de US$ 1,6 bilhão (R$ 4,9 bilhões), em 2016, no Brasil. E o mercado de E-Sports (campeonatos de jogos eletrônicos) já movimentou outros US$ 655,3 milhões em 2017 no mundo, segundo levantamento do Newzoo.

O que podemos ver é que hoje em dia os videogames já estão muito inseridos na sociedade, e que praticamente todo mundo joga alguma coisa, seja pela praticidade de conseguir baixar um jogo gratuito em seu aparelho smartphone, ou pela diversão e aprendizado que se pode adquirir.

Deixamos aqui dois vídeos (um em inglês) para se refletir um pouco sobre o tema, caso alguém queira ver.

Game e Prosa: Vamos conversar sobre violência nos games jogando o relaxante Abzû




Can Racing Games Make You Faster in Real Life?




Notas de rodapé:

Comentários

Thaysa disse…
Eu particularmente acho que os jogos de video game não deixam as pessoas mais violentas, ate por que vai de cada um, se a pessoa quer ser violenta ela vai ser independente se joga video game ou não, eu jogo e nem por isso sou uma pessoa “SUPER” violenta ( sou grossa e tals, mas violenta não, não com os olhos de querer matar ou judiar de alguém). Hoje em dia as pessoas tem muito “preconceito” com quem joga, por exemplo no ataque que aconteceu na escola em Suzano(SP) ouvi muita gente falando que aqueles meninos eram dois “retardados” por viver dentro de um quarto com um computador na frente dos olhos fazendo coisas que seus pais não sabiam, ou com um controle na mão jogando mortal kombat ou gta, que são jogos realmente violentos, muitas das vezes esses adolescentes não se revolto por causa de um mero jogo mais sim por ter sofrido algum tipo de bullying na escola ou agressão, por isso muitas das vezes são violentos com pessoas de dentro de casa e ate mesmo na rua, querendo se vingar daquele que te fez mal

Thays- 9B
Unknown disse…
Muito bom o texto de vocês galera!! Acho que alguns adultos comentem equívocos na hora de julgar certos comportamentos de crianças, e provavelmente culpar os jogos e os videogames é mais fácil do que perceber que não deu atenção suficiente para o filho ou não soube impor limites. Joguei a vida inteira Mario, Fifa e jogos de corrida e não virei encanador, jogador de futebol e nem corredor de formula 1. Na minha opinião, os pais colocam a culpa nos jogos por ser mais fácil do que reconhecer o próprio erro.

Arthur Miranda - 9C