por Maylin,
Alunos
do colégio de aplicação de Santa Catarina em Ouro Preto
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Quando se fala em Minas Gerias quais
são as primeiras palavras que veem a sua cabeça? Na minha é de muitas pessoas,
de “ouro”, “exploração”, “escravos”, “revoltas”, entre outras palavras, porém a
maioria dessas palavras podem estar de certa forma por traz de muito
sofrimento, e também uma grande parte da história e do desenvolvimento do
Brasil. Quando os primeiros colonizadores chegaram em Minas Gerais perceberam
que lá havia algo muito valioso, ouro. Desde o período colonial até agora,
ocorreu uma longa trajetória na história brasileira em Minas Gerais, e até hoje
ela é bem preservada, principalmente nas cidades históricas de Minas Gerais.
Neste
ano, nós, alunos da oitava série do Colégio de Aplicação fizemos uma viagem
para algumas dessas cidades históricas. Tivemos como destino as cidades de Ouro
Preto, Mariana, São João Del Rei e Tiradentes, para realizar seus objetivos no
projeto “Pés na Estrada do Conhecimento”.
O
projeto de pesquisa “Pés na Estrada do conhecimento” é um experimento
pedagógico no campo do ensino, e por causa dele surgiu a atividade Iniciação
Cientifica, que é onde os grupos de trabalho preparam os seus projetos, e compreende as disciplinas de história, língua
portuguesa, geografia, arte visual, sociologia e ciências. Este visa ampliar os
horizontes da educação, buscando despertar nos estudantes a vontade de
aprender, pesquisar e questionar, através de diferentes e divertidas formas,
fazendo viagens desde 1999.
Lá
cada equipe teve seus objetivos. No caso
de minha equipe, pesquisamos as
diferenças entre as igrejas das irmandades de negros e brancos, onde procuramos
saber, por exemplo, por que a religiosidade naquela época era tão importante.
Como cada irmandade conseguia ouro para a construção das igrejas, entre outras
coisas (as irmandades religiosas são grupos religiosos formados por leigos cujo objetivo é ajudar os membros e a comunidade).
Em
Ouro Preto, você pode visitar o Centro Histórico, a Casa dos Contos, e ver a
Arte Barroca, uma tendência artística que teve início depois das reformas
religiosas da Itália no século XVII, para expressar o contraste desse período.
As obras e esculturas eram cheias de detalhes (rococós) e expressam emoções,
tanto da vida, quanto do ser humano. Lá você também encontra muitas igrejas,
dentre elas a de Nossa Senhora do Pilar que é uma das edificações católicas
mais conhecidas entre as que foram construídas durante o ciclo do ouro, e Nossa
Senhora do Carmo que é uma das mais belas, mais harmoniosas e mais refinadas
igrejas do Brasil.
Ainda
em Ouro Preto, pode-se entrar na mina Santa Rita, lá entramos em contato com o
guia Jefferson, ele nos contou histórias, como onde surgiu o sotaque “uai” e
“sô” de Minas, o choque de culturas dos ingleses e dos escravos, o dia-a-dia
dos escravos que trabalhavam na exploração do ouro. Os escravos tinham suas
cotas e se não alcançassem as metas haviam castigos. Também que os escravos
conseguiam ouro escondendo de baixo da unha, no cabelo e outros lugares. Na
mina da Passagem, em Mariana, as pessoas podem descer de carrinho, a 120 metros de profundidade, e lá em baixo
se deparar com um lago natural lindo que é cristalino, que foi formado depois
de uma perfuração no lençol freático. Foi inaugurada em 1719 e desativada em
1985 e nesse tempo foram tirados quase trinta e cinco toneladas de ouro da
mina. Ela separa Ouro Preto e Mariana.
Na cidade de
Mariana, também tem um centro histórico, e uma Oficina de Pedra Sabão
que nos ensina a fazer nossas próprias esculturas.
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Em
Ouro Preto tem um Museu da Mineralogia, que tem pedras vindas do mundo todo. O
museu da Inconfidência Mineira e a Praça Tiradentes, o museu é dedicado à
preservação da memória da Inconfidência Mineira (1789), movimento pela
Independência do Brasil, e tem dois pedaços da forca que Tiradentes morreu. Na
cidade Tiradentes tem um show de luzes na Matriz de Santo Antônio que é a
segunda igreja com mais ouro no Brasil, e a Igreja Nossa Senhora do Rosário,
construída em 1708, umas das principais igrejas de negros de Minas Gerais.
Matriz de Santo Antônio |
Achei
a viagem muito boa e divertida, recomendo a todos irem á essas cidades lindas e
com muitas histórias, pois lá ganhamos muito conhecimento sobre o período
colonial de nossa história e da para ver o choque de valores daquele período
colonial (século XVIII) e do atual, é muito forte a presença da Arte Barroca e
do ouro nas cidades. Esse foi um jeito muito bom de aprender sobre o período
colonial.
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Fontes:
http://ouropretoparoquiadopilar.com.br/
http://www.ouropretovirtual.com/igrejas-e-capelas/igreja-nossa-senhora-do-carmo
http://museudainconfidencia.wordpress.com/about/
http://www.tiradentesvirtual.com/turismo/atracoes.asp?A=Igreja-de-Nossa-Senhora-do-Rosario&ATR_SEQ=137
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