Com isso, a pobreza menstrual pode trazer problemas de higiene e com isso afetar a saúde. Até mesmo a saúde mental, por conta do estresse e do preconceito que pessoas com poucas condições sofrem.
Um outro grande problema é o fato de que muitas pessoas em período menstrual faltam a aulas pela falta dos produtos básicos de higiene.
Pobreza menstrual no mundo
De acordo com uma notícia das Nações Unidas (ONU NEWS, 2021) postada no dia 23 de julho de 2021, 1 a cada 10 meninas acaba não indo para a aula no período menstrual, seja por falta de produtos sanitários ou porque não há banheiros seguros e com privacidade na escola.
Alguns exemplos de países que sofrem com isso é o Quênia, localizado no leste da África, que por volta de 50% das meninas não têm acesso a produtos de higiene menstrual.
Enquanto isso, na Índia 23% das meninas não frequenta mais a escola quando começam a menstruar.
Porém, não é apenas países mais pobres e em desenvolvimento que sofrem com a pobreza menstrual, um exemplo é o Reino Unido em que 10% das meninas não têm condições de ter certos produtos (ONG INTERNATIONAL PLAN). Além disso, 19% delas contaram que usaram métodos mais baratos como trapos de tecidos, jornal e papel higiênico nos dias menstruais.
Pobreza menstrual no Brasil
No Brasil 713 mil pessoas com útero não têm acesso a banheiros ou chuveiros (UNFPA e UNICEF), mais de 4 milhões sofrem com a falta de utensílios de higiene básicos. Em uma pesquisa é mostrado que 52% das pessoas que menstruam no Brasil sofrem com pobreza menstrual e 35% informam que o dinheiro que é gasto em absorventes faz falta.
Como combatê-la?
Não podemos falar apenas de como a pobreza menstrual é ruim, temos que falar sobre como combatê-la. Para combater a pobreza menstrual temos que quebrar o tabu da menstruação e falar mais abertamente sobre esses assuntos com qualquer pessoa, sendo ela uma pessoa com ou sem útero, qualquer um pode ajudar a acabar com esse problema.
Cobrar do governo a distribuição gratuita de absorventes é uma das coisas mais importantes, muitas pessoas já fazem isso, mas não o suficiente.
Arrecadações de produtos de higiene básica para doações a famílias sem condições, ou até mesmo para escolas, orfanatos, são importantes. Um exemplo é um projeto em São Paulo que, conhecemos pelo instagram “@arrecadandocomamor”, que ajuda pessoas que não tem acesso a higiene menstrual.
É triste pensar que muitas pessoas sofrem com isso, sendo que menstruar é a coisa mais normal e humana que se tem, mas mesmo assim tem gente que deixa de fazer algo apenas por não ter condições de comprar um pacote de absorvente, por exemplo, ou às vezes até consegue comprar um pacote, mas acaba tendo mais de uma pessoa menstruada, então sai muito caro. Esperamos que as pessoas que leram até aqui, tenham consciência que falar sobre menstruação não deveria ser um tabu, e esperamos que principalmente as pessoas que não menstruam tenham lido o nosso trabalho. Mas você, o que acha disso? Você já sabia o que era pobreza menstrual? O que você acha dos absorventes sejam de graça? Enfim, gostaríamos que refletissem sobre o assunto e que tenham gostado do texto, tchau!!(👍>‿‿<)👍
Referências:
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Comentários
É revoltante saber que tem gente que acha que é errada a distribuição gratuita de absorventes. Muitos não tem conhecimento sobre o assunto e é preciso trazer informação a essas pessoas e todos nós, se pudermos, ajudar com esses programas para combater a pobreza menstrual. Espero que daqui a alguns anos esse problema esteja mais resolvido que agora.
Rafaela Adriano Fachi
9B
Eu sabia que existia pobreza menstrual, mas eu não conhecia tanto por isso agradeço vocês porque assim consigo ser mais consciente de como a situação do mundo é precária, quando até saneamento básico é algo escasso em vários lugares. A questão é, a única coisa que podemos fazer são reclamações e esperar que o governo nos ajude nessa e em outras questões mas enquanto isso não acontece nós mesmos podemos fazer doações e ajudar quem precisa.
Espero que muitas pessoas leiam isso e entendam o quanto isso é importante e consiga nos ajudar.
Obrigada meninas, e eu gostei muito do texto de vocês. Parabéns.
Helena knaut 9C
Bom, para iniciar, queria dizer que o texto de vocês ficou muito bem feito e trouxe muitas informações necessárias e que poucas pessoas (incluindo eu) não sabíamos. Gostei da parte em que vocês citaram que algumas mulheres chegam ao ponto de terem que usar comidas e coisas como jornal e papel invés de absorventes por conta da pobreza e vulnerabilidade, isso faz as pessoas se conscientiza como nosso país ( e muitos outros, sendo desenvolvidos ou não) não entende a menstruação e que pobreza menstrual é algo sério e que muitas pessoas com útero tem risco de pegarem doenças, fiquei impressionada quando li a parte que diz que no Quênia, Austrália, por volta de 50% das meninas não têm acesso a produtos de higiene pessoal, o que é um completo absurdo e que põe a saúde das pessoas em completo perigo, é uma falta de irresponsabilidade muito grande do governo.
Tomara que um dia isso acabe e todas nós possamos ter acesso e liberdade para falar desse assuntos.
Melinda Flores 9°A
-Isadora Garczal de Moraes 9°C
Adorei o texto de vocês, abordando um assunto tão importante que quase ninguém comenta! E para contribuir ao quebramento desse terrível tabu, vou recomendar um documentário que ganhou um Oscar em 2019, "Absorvendo o Tabu”, apenas 26 minutos, dirigido por Rayka Zehtabchi e produzido por Melissa Berton. Esse documentário se passa na Índia rural, onde como vocês bem sabem as estimas da menstruação existem, e conta histórias de muitas mulheres que fazem absorventes de baixo custo, e abrindo caminhos para uma independência financeira.
A importância de um filme sobre a pobreza menstrual ter ganhado um Oscar é enorme! Abrindo muitos caminhos para novas discussões. A pobreza menstrual afeta a sociedade de diversas maneiras, como por exemplo, impactos psicológicos. A falta de reconhecimento e informações reforçam certos preconceitos em torno da menstruação. Muitas pessoas que menstruam desconhecem o funcionamento de seu próprio corpo. Além é claro do impacto da saúde íntima, a falta do conhecimento sobre os cuidados podem gerar diversos problemas na saúde, irritação, infecções, mucosas e entre outras doenças.
Ótimo texto e explicação! A escrita fluiu de uma maneira tão prática, suave, perfeita para entender esse assunto tão “escondido”. Parabéns. (Manoella Izabel - 9C)
Marianny Jully F. Pereira
9C
Aluno:João Marcos Cardozo Hortencio da Rosa. 9B
Olá, meninas! Achei incrível o tema tratado, além de ser muito importante e de grande relevância; creio que deveria ser tratado nas escolas e implantado em postos de saúde panfletos sobre o tema. Por mais que pareça incrível, vivemos em uma sociedade extremamente desigual na qual repugna o próprio corpo e suas ações; talvez esta privação expressiva seja vergonha ou medo, não? Não entendo o porquê o fato de seu útero descamar quando não há fecundação seja algo tão sinistro e medonho na concepção alheia, é literalmente um tabu, pessoas intolerantes não entendem que menstruar é normal, principalmente os homens e pessoas com mais idade (minha vó diz que uma mulher deve se portar e não relatar sobre a menstruação, pois de acordo com ela é falta de respeito/modos).
Ainda falando desta negação menstrual, acabei lembrando de um relato bíblico no qual se passa em Marcos 5:25. Ele relata sobre uma mulher, na qual foi denominada como: "Mulher do fluxo de sangue", pelo fato de sangrar por cerca de 12 anos consecutivos sem parar, uns dizem que era hemorragia, outros dizem que seria menstruação. Na época as mulheres que estavam no período menstrual ficavam confinadas em um quartinho até o fluxo acabar, e lá recebiam o que fosse necessário, como vestimentas, alimento e entre outros suprimentos; ficavam confinadas pois eram consideradas imundas neste período, e quando outra pessoa lhe tocava recebia a mesma denominação. A mulher do fluxo de sangue ficou confinada por muito tempo por conta de seu interminável sangramento; procurou diversos meios para curar-se, mas nada adiantou, até que soube da visita de Jesus à cidade onde morava; decidida e cansada de tudo aquilo que passava, com fé ela perseguiu Jesus por toda aquela multidão que lhe cercava, assim decretou que se ao menos tocasse em suas vestes ela seria curada e assim ocorreu, mesmo caída conseguiu lhe tocar e logo Jesus disse: "Quem me tocou?", havia muita gente lhe cercando e a multidão lhe espremia, mas assim completou "Foi um toque diferente, pois de mim saiu virtude (poder)". A mulher disse que ela que havia lhe tocado e pediu perdão, mas ele ignorou isto e lhe acolheu, falou para que ela fosse em paz e também que sua fé havia lhe salvado; assim concebeu a cura. Este é um registro muito bacana para quem tem curiosidade, os meios teológicos não envolvem somente a exaltação de Deus, mas também trata sobre problemas sociais.
ISABELA VIEIRA DA SILVA 9A
Mas enfim, voltando ao nosso assunto principal; é triste saber que muitas mulheres não têm acesso aos suprimentos de cuidado básico para cuidar-se neste período, como remédios para cólica e absorventes simples, ou mesmo têm vergonha de comprar; por conta disso acabam sofrendo e utilizando panos sujos dos quais tem que ser lavados e utilizados no lugar do absorvente descartável. Para mim deveria haver uma distribuição gratuita destes produtos, ONG’s, projetos caridosos e a sensibilidade de todos no combate à pobreza menstrual, pois menstruar não é uma escolha e todas sofrem com cólicas, das quais são insuportáveis e só quem sente que sabe o quão é horrível, diferente da camisinha que é distribuída gratuitamente em postos de saúde concebida por escolha do consumidor, o absorvente é pago e não é fruto de uma escolha. Creio que os líderes do nosso país se preocupam mais com a suposta “superpopulação”, cujo fato acaba formando uma anomalia em nosso país, sei que isto é importante, mas o acesso aos cuidados no período menstrual também é.
Vi que uma das comentaristas tratou sobre o filme “Padman”, no qual acabei vendo uma vez e me surpreendi com tamanha intolerância da população sob aquelas que menstruam. É chocante o fato de terem que se privar do contato com outras pessoas por conta disso, já pensou não poder dormir na mesma cama que o marido, ou não ficar no mesmo local que ele? Que horror!. O garoto (Arunachalam) sensibilizado com as garotas e mulheres têm uma ideia realmente genial de produzir uma máquina de absorventes! Muito obrigado pela recomendação, Melinda!
Por fim, venho enaltecer o incrível feito de Mary Beatrice Davidson Kenner, cuja mulher forte e fonte de inspiração criou o absorvente descartável, fazendo com que as meninas e mulheres manchassem suas roupas e descartassem os trapos de panos que utilizavam durante o período menstrual.
Espero que a partir de minha contribuição comentarista, possa ajudar algumas pessoas que ainda consideram repugnante a menstruação e tendem a seguir este tabu! Venho agradecer à Ana Clara e Beatriz que trataram sobre esta belezinha de tema, no qual abrangeu o conhecimento de algumas pessoas por aqui! Espero que um dia possamos todas ter este acesso aos suprimentos menstruais e que estes tabus se quebrem!
ISABELA VIEIRA DA SIILVA 9ªA
LUIZA flebbe Santos do 8 ano C
Fiquei bem assustada quando li aquela parte que diz que por volta de 50% das meninas no Quênia e na Austrália não têm acesso a produtos de higiene pessoal, o que é na minha opinião, uma grande irresponsabilidade por parte do governo de lá, e que além de tudo põe a saúde das pessoas em um perigo.