Por Maria Eduarda,
Mulheres no mundo todo sofrem com um mal chamado: Desigualdade de Gênero. Em alguns lugares mais, em outros menos, mas a verdade é que esse mal sempre está ali. Muitas vezes isso passa despercebido pelas pessoas, principalmente as menos afetadas. Mas basta dar uma olhadinha no gráfico abaixo para compreender a situação:
Acontece que vai muito além da participação no mercado de trabalho. Na Arábia Saudita por exemplo, as mulheres sofrem com diversas proibições que vão desde usar um transporte público até escolher um marido. De acordo com o relatório do Gender Gap de 2017 do Fórum Econômico Mundial, a Arábia Saudita ocupa o 138º lugar, em termos de igualdade de gênero, em uma lista de 144 países.
Casar-se, ir para a universidade, arranjar um emprego, viajar para o exterior e até se submeter a uma cirurgia não faz parte da lista de escolhas de uma saudita. Ela só poderá se submeter a estas coisas, e muitas outras, se seu mahram (cônjuge ou parente legal) permitir.
Em lugares onde possam ser vistas por homens, que não possuem relações, elas têm que cobrir todo o corpo, mostrando apenas o rosto, as mãos e os pés. Um abaya preto (vestido comprido e com mangas) e um hijab (véu para cobrir a cabeça): são as únicas peças que uma saudita pode escolher para usar. As roupas devem ser largas e feitas de tecido grosso, para não marcar as curvas. Porém existem exceções: Não muçulmanas podem optar por não cobrir a cabeça, e as não sauditas podem adotar um código de vestimenta mais liberal.
A locomoção também não é um assunto fácil para elas que não tem acesso ao transporte público. Pegar trem só é permitido em Riad, a capital, mas existe um vagão separado para elas. A maioria das empresas de ônibus acaba recusando passageiras femininas. A reprovação não passa de uma besteira que impossibilita uma mulher trabalhadora de levar uma vida moderna.
Em setembro de 2017, o rei da Arábia Saudita decretou uma grande mudança na lei do país, que autorizou as mulheres dirigirem. A lei foi posta em ação em junho do ano seguinte. Ainda assim existe um porém, só se pode dirigir com o consentimento de seu tutor, o que não é novidade no país.
“A educação é obrigatória para meninas e meninos até os 15 anos. E surpreendentemente a quantidade de mulheres que se formam nas universidades supera a de homens. Ainda assim, a proporção de mulheres no mercado de trabalho é de só 17%. A melhor explicação para isso é o fato de as jovens se casarem cedo -pois não há idade mínima para contrair matrimônio- e por isso acabam abandonando os estudos.” (https://incrivel.club/inspiracao-mulher/11-proibicoes-as-mulheres-na-arabia-saudita-dificeis-de-acreditar-490860/)
Fonte da imagem: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2019011913138520-mulheres-sauditas-autorizacao-parto/
Referências:
http://g1.globo.com/globo-news/jornal-das-dez/videos/v/mulheres-ja-podem-exercer-o-direito-de-dirigir-na-arabia-saudita/6829693/
https://nationalgeographic.sapo.pt/edicoes-especiais/ciencia/18-videos/615-mulheres-na-arabia-saudita
https://incrivel.club/inspiracao-mulher/11-proibicoes-as-mulheres-na-arabia-saudita-dificeis-de-acreditar-490860/
http://cite.gov.pt/pt/destaques/complementosDestqs2/WEF_GGGR_2017.pdf
Comentários
Gostaria de falar um pouco sobre o seu texto, das mulheres na Arábia Saudita. Gostei muito, e pra falar a verdade, eu nunca parei pra pensar sobre como as mulheres são "colocadas" na sociedade lá, em um lugar tão distante assim do Brasil.No alcorão tem uma frase que fala: “Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva? Que péssimo é o que julgam!” (Alcorão 16:58-59). . Ou seja, os homens ficam tristes após receber a notícia de que ele será pai de uma filha. Muito triste e lamentável, que ainda tenha e muito presente, esse tipo de comportamento. E que até no próprio alcorão tenha o machismo muito explícito.
Parabéns pelo texto!
-Beatriz Jimenes Leonetti (9°ano C)
O título do seu trabalho me chamou muita atenção, pois não são muitas pessoas que abordam assuntos sobre as mulheres que para as algumas pessoas de fora pode ser conhecido como um tabu. Gostei muito do seu texto pois você procurou dados aprovados por um especialista que deixou a sua pesquisa ainda mais interessante. Eu já sabia de algumas informações sobre as mulheres na Arábia Saudita, mas você abordou alguns assuntos que eu não conhecia e são importantes como por exemplo a lei que o rei da Arábia Saudita sobre as mulheres andarem de carro mas teriam que ter a aprovação do tutor (marido ou algum familiar). Achei a sua pesquisa ótima e acho que não teria q realizar nenhuma mudança
-Naomy Rodrigues de Moura(9 ano A)
O seu texto me chamou muita atenção por se tratar sobre o preconceito com as mulheres, que é algo que acontece muito, e muitas das vezes de baixo de nossos narizes e nós nem percebemos, pelo fato de ter se tornado algo cotidiano, infelizmente. O seu texto que trata-se do machismo na Arábia Saudita conseguiu chamar mais a minha atenção ainda, porque é um lugar que passa muito despercebido pelos nossos olhares, achei muito interessante os dados, como a tabela sobre a participação no mercado de trabalho, deu um toque de mais sabedoria e certeza sobre o assunto, você também relatou alguns fatos mais desconhecidos, como a autorização da lei para dirigir mas que mesmo assim teria que ser com a aprovação de seu marido, outra que também que achei bem interessante foi a do vagão separado paras as mulheres, fiquei imaginando como que é lá, e como seria se tivesse isso aqui no Brasil. Você escreveu bem, de uma forma mais tranquila de se ler e na minha opinião não haveria de ter mudança alguma. Parabéns!!!
Fiquei impressionada com o texto, realmente mesmo lendo e relendo nos mínimos detalhes, é quase impossível acreditar e principalmente compreender uma cultura assim.
Em anos tão modernos, onde maquinas e a ciência ultrapassam fronteiras inimagináveis pelo homem, que um dia chegariam, em contrapartida em algum lugar do mundo, tudo é diferente demais.
Até quando, até onde, todas essas diferenças entre homens e mulheres, entre civilizações e religiões, vão continuar?
Pergunta que vem de muitas décadas, espero que algum dia possamos responder.
Esse dia, será talvez, o fim dessa desigualdade toda em nosso mundo.
-julia kaprowski (9C)