Pular para o conteúdo principal

A origem da maior segregação da história

Por Gustavo,


Bem, um dos temas mais contemporâneos que temos hoje em dia é o racismo, muito debatido por todos, pois por mais que estejamos “avançados” no assunto (claro, comparado com as outras épocas) nós ainda temos muito peso histórico quando falamos deste assunto, ou seja, o famoso preconceito estrutural. Ok, primeiro temos que entender do que se trata. O racismo é o ato discriminatório e segregatório de pessoas pela sua cor, muitas vezes na história tendo pesquisas comparativas  também discriminatórias (como o famoso ato de comparar o tamanho do crânio de pessoas negras comparado ao de pessoas brancas). Então, com esse fato, vamos chegar ao começo desses atos, ou seja, o “começo do racismo”.

Bem, como já vimos em vários contextos, sempre houveram diferentes formas de tratamentos para diversos grupos de pessoas, mas no caso do racismo, por mais que hoje em dia seja voltado a discriminação em relação a cor de pele ou até mesmo “raça”, em tempos antigos, ou seja, por volta do século II, III e IV na época da Grécia antiga, Roma, e dentre outros, o preconceito que existia era bem mais uma forma de xenofobia, sendo discutidas as origens das pessoas, assim as tratando de uma forma discriminatória.

  Na Idade Média, na Europa (por volta do século IV), o catolicismo já se tornara a religião principal de Roma, ou seja, a religião principal de quase toda Europa próxima do mar mediterrâneo. Então o maior tipo de preconceito existente foi o da religião, tendo como alvos pessoas que não eram católicas. Com isso, uma ideia ambiciosa e bastante repudiante surgiu, ou seja, a “ideia da promessa de Deus, sendo ela a de que Ele prometera toda a terra para os europeus, por serem mais próximos dele” (INTERESSANTÍSSIMO,2021). Então em Portugal começam as embarcações para África.

Mapa do expansionismo romano | Mapa do império romano, Império romano,)

Agora na África:

 Bem, na África também havia um sistema de escravismo, mas não por vendas, mas sim como por trabalhos ainda humanizados (claro, com toda uma submissão, mas ainda muito mais humanizada comparada a venda de escravizados na própria Europa). Então, os portugueses ao chegarem na África (onde hoje seria Mauritânia) não tiveram o “choque racial”, muito pelo contrário, até negociaram com várias sociedades que ali habitavam (claro, ainda com o propósito de dominação). E com este propósito, optaram a fazer o comércio de pessoas escravizadas, mas com parceria com vários povos do local, tendo assim o começo do tráfico de pessoas escravizadas na África.

  

No Brasil:

Bem, os portugueses/europeus na época (próximo da época das das grandes navegações) estavam começando um tráfico de pessoas escravizadas muito intenso, pois conseguiam justificar (para outros europeus) todos estes atos inserindo o cristianismo e esta crença, dizendo que estavam apenas pegando o que Deus prometera a eles, sendo o domínio do mundo (mas, o real objetivo não era este, mas sim as riquezas que iriam ser geradas e o próprio controle destes outros povos que eram considerados “pecadores”, pois não tinham o cristianismo como religião adotada.)

(27. El catolicismo en Italia – Radio Claret Digital)


Então, na chegada ao Brasil os escravizados eram mandados para o trabalho nas lavouras, cana-de-açúcar, dentre outros vários trabalhos. Assim, ocorreu (por volta dos anos de 1560) uma certa epidemia (a da varíola), que matou milhares de indígenas na época, assim, escravizados da época, foram culpados por terem trazido esta doença. Mas, como sabemos hoje em dia, o surto ocorreu graças a esta e tantas outras doenças trazidas pelos europeus para as Américas. Ao ter contato com os nativos daqui (indígenas) a doença agravou tanto para os europeus como para os habitantes e escravizados que estavam aqui. Logo, com o passar do tempo a implementação da religião ficou mais forte, assim os europeus justificavam várias discriminações pelo fato de se denominarem como a “raça” mais próxima de Deus, ou seja, como as pessoas negras não eram europeias, eram consideradas inferiores. Então agora começa realmente o racismo voltado para a cor da pele

Bem, claro, sei que não posso me pôr nem perto do lugar de pessoas negras, mas sei que tem que ser debatido, e claramente com pessoas brancas, pois fomos nós que reprimimos por tanto tempo pessoas só por serem como são. Você (caso seja branco), mesmo sem ter nenhum tipo de pensamento contra, ainda está sim sendo favorecido por este grande e antigo jogo da vida, pois como eu acabei de explicar acima, o racismo não é uma coisa que se nasce assim, pois bebês não nascem racistas. A sociedade em que os bebês são criados é que os torna desse jeito. Por isso que ainda temos que nos posicionar sobre, independente de sua “raça” (dou ênfase na palavra “raça”, pois era assim que era denominada diferença de pessoas-coisa que também temos que mudar. Ou seja, se você não era branco, era considerado como de outra “raça”).


Referências:

O Racismo Sempre Existiu? Descubra Agora! - Interessantíssimo (interessantissimo.com.br)

Racismo, o que é racismo, origens do racismo, doutrinais raciais do século XIX. (uol.com.br)

 

 

  Créditos da imagens:

    (27. El catolicismo en Italia – Radio Claret Digital

    https://br.pinterest.com/pin/336362665894982369/


Comentários

Anônimo disse…
Parabéns Gustavo, a sua postagem ficou muito boa. Acho importantíssima a sua fala sobre toda essa questão racial onde você traz com clareza o quanto as pessoas negras e indígenas sofreram com a escravatura nos tempos antigos, e com certeza até hoje, mesmo que a escravidão "não exista mais". Eu acho que você poderia ter colocado mais fotos, assim ficaria mais ilustrativo. Mas de qualquer forma seu texto ficou ótimo e foi muito informativo, ainda mais porque a nossa sociedade precisa de muito mais conhecimento para uma convivência saudável e sem preconceitos.

Helena Knaut, 8c
Cauan Zimmermann e Silva disse…
Muito legal o seu trabalho, acho interessante essa discussão sobre racismo, pois ainda hoje em dia mesmo indiretamente, ainda acontece muito, e, com o crescimento da internet até mesmo pessoas que ficavam quietas começaram a falar abertamente coisas racistas, xenofóbicas, homofobicas dentre outras, muitas vezes na brincadeira, porem uma porcentagem de forma a insultar pessoas a deixando mal normalmente sem motivo aparente. As principais palavras usadas para tentar discriminar uma pessoa são: macaco, pobre, viado, preto, baiano, todas seguidas de um palavrão de forma a insultar pessoas pela sua cor de pele, nacionalidade, classe social e etc.

Por: Cauan Zimmermann e Silva, 9b