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Ouro na colônia portuguesa



por Gabriela Raupp,


O sonho de Portugal sempre foi encontrar metais preciosos, conseguiram encontrar, mas a procura foi longa. As pessoas que viviam na colônia portuguesa, só podiam circular pelas Estradas Reais, caso quisessem entrar e sair da região. Essa região foi considerada a maior fonte de riquezas de Portugal, que hoje é chamada de Minas Gerais. O governo português impedia que essas riquezas saíssem desta região sem o pagamento do imposto.

Em 1693, os bandeirantes descobrem o ouro em diferentes lugares de Minas Gerais. O povo, independente de raças, de homens ou mulheres, ricos e pobres iam em busca dessas riquezas, para o enriquecimento rápido. Com isso muitas pessoas morriam, porque seguiam em direção a Minas, sem comida e tinham que enfrentavam os indígenas, ou seja, sem preparo nenhum. O governo então começou a adotar medidas para impedir o despovoamento da costa. 

Os paulistas sentiam-se os “donos do pedaço”, pois foram os primeiros a chegar à região. Já os bandeirantes chamam os forasteiros de emboabas. As relações entre os paulistas e os emboabas eram tensa, em 1707, isso se transformou em conflito e ficou conhecido como Guerra dos Emboabas. Em 1709, muitos paulistas foram assassinados e jogados no rio das Mortes, isso ficou foi chamado de Capão da Traição.

Quando encontrassem ouro, deveriam comunicar o governo, eles iam até o local e dividiam as terras em lotes de no máximo 66 metros quadrados, onde o chefe da intendência tinha direito a um e os demais eram leiloados.

Além daqueles que procuravam o ouro, havia os faiscadores, que eram independentes em suas buscas. No início da mineração, quem chegasse primeiro podiam ficar com o ouro encontrado, então acabou ficando uma concentração de riquezas nas mãos de poucos.

Foram criados pelo governo, os tributos, que era o quinto e captação. O quinto definia que 20% do ouro extraído nas casas de fundição eram do rei. Esses altos tributos geravam revoltas, principalmente em Vila Rica, na qual os líderes eram condenados à morte, como Felipe dos Santos. Para impedir que as pessoas saíssem da região sem pagar os tributos, o governo proibiu a abertura de novos caminhos e aumentou o controle nas estradas.

Em 1729, a coroa portuguesa foi informada da existência de uma região com diamantes, onde hoje é a cidade de Diamantina. O governo então criou a intendência dos Diamantes e determinou que fosse posse da Coroa e só poderia ser explorado por contratantes reais.

Não podemos esquecer-nos da importância do ouro na arte barroca, que sempre esteve presente nas igrejas e obras, naquela época era uma disputa entre as irmandades para ver qual era mais bonita. Com essa disputa eles costumavam contratar artistas, onde os que se destacaram foram o Aleijadinho, José Soares de Araújo e Manuel da Costa Ataíde.



O ouro e o diamante foram importantes para a colonização, promovendo um desenvolvimento urbano, ao longo do tempo foram surgindo vilas e povoados, diversificação de trabalhos na região mineradora e até hoje tem uma grande importância histórica para o nosso país.

Referência: AZEVEDO, Gislaine, SERIACOPI, Reinaldo.
Ouro na Coroa Portuguesa. In: História em movimento
São Paulo: Ática, 2010.

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