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Cutting ou Auto-mutilação


 Carol Gomez

Ei você. Sim, você mesmo que está lendo este texto. Você já ouviu falar em cutting? Talvez não nesse termo, mas sim como auto-mutilação. Espere, eu sei que esse texto parece grande e chato, mas é importante. Por favor, continue lendo até o fim.

Cuidado com o que faz, pois tem marcas que nem o tempo apaga.
Auto-mutilação... não soa como uma coisa absurda e doentia? Não lembra perda de membros e sangue? Sim. Parece algo de filmes, não?

O que muitas vezes não sabemos é que essa prática vem se tornando cada vez mais comum, ou pelo menos mais conhecida e comentada entre os jovens. Muitas pessoas que sofrem disso escondem o problema com medo de serem julgadas, excluídas ou até por vergonha.

Demi Lovato
Uma das grandes questões para que isso tenha se tornado mais conhecido e comentado, é que alguns famosos foram vistos com cortes no braço, como por exemplo Demi Lovato e Lindsay Lohan. Muitas pessoas ignoram que isso aconteça com seus filhos, amigos, ou conhecidos e muitas vezes acabam julgando e tornando o problema ainda maior. “Suicida”, “emo”, “masoquista”, “doente”, “louco”, “problemático”, “...que quer chamar a atenção”, acredite ou não, são essas palavras que muitas vezes as pessoas escutam. E elas machucam. Muitas perguntas também são feitas: “por que você fez isso?”,  “você tentou se matar?”, “você está com problemas?”, “com o que você fez?”, “Não dói?”.... São tantas perguntas, como se as pessoas precisassem saber de tudo isso. 

Lindsay Lohan
 O cutting acaba se tornando um “vício”, e quanto mais tempo se pratica, maiores são as dificuldades em parar. Muitas vezes a pessoa procura a auto-mutilação como forma de fugir de algo, de algum problema. O que ela não se dá conta é que o alívio é apenas momentâneo. Depois de algum tempo surgem os problemas: a dor dos cortes, os problemas que acabam não se resolvendo e a culpa (a vergonha do que fez).

Há depoimentos, em várias comunidades virtuais (sites) com reportagens de praticantes ou ex-praticantes de cutting que contam parte de suas experiências. Abaixo selecionei alguns deles. O primeiro deles é o comentário deixado por uma garota que ao escrever sobre o assunto diz:

bem, posso falar com experiencia de causa pois pratico isso... eh complicado pq vc nao pode contar pra ninguem, iriam dizer q não tenho motivos e tal, mas ninguém me entenderia sabe? Enfim... meus braços são um retalho... minha família acredita q eh fruto de uma queda da escada na casa de um amigo... acho q eles se forçam acreditar nisso... não quero magoar meus pais por isso não peço ajuda... sei q não eh normal, mas sei (pelo menos acho q sei) ate onde posso ir... não quero realmente me matar.. apenas aliviar as dores q não podem ser expressas por palavras...” (Malukinha)

Outro depoimento que me chamou atenção:

”(…) engraçado as pessoas dizerem que vc faz isso pra chamar a atenção. Se na verdade a gente faz isso escondido e tenta q ninguém veja.” (Anônimo)

Esses são dois comentários que falam bastante sobre como as pessoas se sentem. Em outros comentários também podem ser observados com o quê os cortes são feitos: giletes, canivetes, facas, tesouras, estiletes e até com cacos de vidros, indo de superficiais a mais profundos.

É difícil entender o que se passa na cabeça de quem pratica o cutting, e há quem julgue e piore a situação. Auto-mutilação é um vício que pode sim ser superado. Com a ajuda dos amigos, família, e se você preferir com a ajuda de um psicólogo. Não é um bicho de sete cabeças, o cutting, só precisa de força de vontade e apoio. Conversar com alguém da sua confiança, desabafar, te ajuda a entender o que se passa, e aos poucos as coisas vão ficando mais claras. A única coisa que pode ficar para sempre são as lembranças.

 Apoio é o que se precisa nessas horas. Sabiam que o cutting vem muitas vezes acompanhado de distúrbios alimentares e muitas vezes por conseqüência do Bulling? Sim, o nosso “novo” e já muito conhecido companheiro, aquele que se tornou um assunto bem comentado, e tema de alguns textos dos blogs das oitavas.

É isso gente. Não julgue sem conhecer. Tente se colocar no lugar da pessoa. Ou simplesmente não fale nada. Se não tens nada para contribuir, fique calado. Cutting também é sério.

Você já conhecia o cutting ou conhece algum caso? Comente, sua participação é muito importante!

Depoimentos:
http://www.amar-ela.com/cutting-auto-mutilacao acesso em 20 de junho de 2011

Crédito das imagens:
http://passandoalimpo.tumblr.com/ acesso em 20 de junho de 2011.

Comentários

Anônimo disse…
Carol,
achei muito interessante o modo como lebraste disto que muitas pessoas, desconheciam esta "mania". E você tem razão, é uma mania muito usada pelos famosos e adolescentes hoje em dia. Adorei seu Post...

Beijos Luiza Estefano
Maria Eduarda Sirydakis disse…
Aproveito a pergunta que lançaste no final do texto e digo: eu não conhecia o cutting, fui conhecer através de ti, Carol. Penso que é um problema do mundo atual, talvez até mesmo gerado pelo estresse da correria de cada dia... Também penso que a pessoa que pratica o cutting tem algum problema por trás, algum descontentamento, por menor que seja, mas que o faz cometer este ato tão doloroso.
Abraço, Maria.
Anônimo disse…
Gostei muito do texto, Carol. Já vi muitos casos como esse, e acho que é um assunto pra ser analisado mesmo. bjs, Maria Luiza.
Anônimo disse…
Carol, achei interessante falar sobre esse assunto, confesso que não sabia sobre esse nome Cutting mais sim a auto-mutilação. No começo pensei em não ler mais ao longo peguei interesse pelo assunto, e continuei lendo. Conheço sim pessoas que praticam essa ação e confesso que fico assustada quando vejo pessoas nesse estado. Mais enfim como não tenho pratica em falar as prefiro ficar calada como citas no texto.
Beijos, Gabriela
Anônimo disse…
Achei muito legal que tenhas trado deste assunto.
pelo que eu percebi no sue texto o "cutting" pode se tornar um vicio certo?!
Será que nunca ninguém pensou em criar um clica de "reabilitação"?
pois se é um vício deve ser tratado com seriedade.
obrigado por ter postado esse texto no blog.
até logo. boas férias galera
Jhonatan.
Júlia Carioni disse…
Achei esse texto muito interessante,é apenas um relato da realidade.Já vi casos de pessoas esconderem pelo fato de serem julgados pela sociedade.Essa pratica alem de livrar as magoas, é muito triste porque muitas vezes as pessoas que praticam não conseguem falar pra alguém ou pedir ajuda.
Beijinhos
Anônimo disse…
Poxa! Já vi e conheço pessoas que fazem auto-mutilação ou cutting e acho que já virou uma coisa que muitos adolescentes vem fazendo.Achei o texto interessante por falar de um assunto que já esta presente na realidade e que é pouco abordado, mais que também é como o bullying uma coisa séria.
Muito bom,Alexandre Bento
Anônimo disse…
Oi Carol, achei legal ter abordado este tema no blog. Como a Maria mesmo disse, muitos não tem conhecimento da
auto-mutilação e os que conhecem julgam sem saber os problemas por trás dos cortes. Acho até que deviam ampliar esse assunto como fizeram com o bulling para amenizar todo esse preconceito.
Beijinhos Luísa Wandscheer
Anônimo disse…
Pois é Jhonatan. Reabilitação especifica para o Cutting eu não sei se existe, mas muitas vezes esse sintoma vem acompanhado de outros, como distúrbios alimentares e depressão. Para esses sim existe tratamento e terapia (como ajuda psicológica). Uma vez tratada a depressão, por exemplo, acredito que deva ser mais fácil parar com o cutting. Tudo isso depende da força de vontade e do apoio que o praticante recebe.
- Julinha, muitas vezes é isso que acontece. Não é tão facil quanto parece.

Gente, todos os comentários estão ótimos, obrigada pela participação.
-Carol
Anônimo disse…
Oi, tudo bem carollys? /você sabe quem é/
Bom, eu nem sei bem o que dizer.. Mas queria comentar aqui algumas coisas sobre o cutting. Afinal de contas, vc sabe que eu também pratico né carol? Poisé, você só esqueceu de citar o nome do transtorno que leva aocutting amor, que é "transtorno de personalidade limitrofe" o tpl. O meu transtonor foi gerado por causa do bullying. Que começou aos 8 anos. Sofria bullying por que não tinha pai, era gordinha e usava oculos. eu tinha apelidos ridiculos, eu apanhava, eu passava vergonha. Chegava em casa e me cortava, sempre, todos os dias. Mas na epoca não era perigoso, afinal de contas eu só tinha8 anos e não tinha coragem o suficiente. Mas os dias foram passando, minha idade aumentando e os problemas também, os cortes também. Meu braço, pernas, também estão em "retalhos" minha mãe chora quano vê. Além de chorar briga comigo e joga na minha cara que desistiu de tudo por mim, me fazendo sentir culpada. Mas o cutting não é uma coisa permanente, se tiver ajuda. Se tiver compreensão. Bom, desde os 8 eu faço isso, e hoje tenho 15 anos. As unicas coisas que eu ouvia era "sua fraca, vai se tratar", "você é doente" e até algumas pessoas me dizendo queeu devia morrer. Então eu pensava, eu tenho vários cortes, eu aguentei todos eles, eu não posso simplesmente me matar e deixar quem me odeia feliz. Mas da mesma forma não consegui parar. Mas há sim alguém que me ajuda, e esse alguém é a carol.
Mas o que euquero dizer é o seguinte. Cutting é só um resultado das exclusões sociais. Ou seja, se você não sabe da vida de uma pessoa, não sabe por que ela chora, não sabe por que se corta. FIQUE CALADO, que é o melhor que você faz. E mesmo que vc saiba o por que disso tudo, nunca saberá toda a verdade, pois uma das caracteristicas da tpl é esconder tudo. Cutting mata. Bullying mata. Cuidado.


/obrigado carol, beijos amo vc s2/
Anônimo disse…
Carol, gostei muito do seu texto sobre o ´´cutting``.Sobre esse tema, só posso dizer que é algo difícil de se entender pois mexe com os sentimentos das pessoas. A melhor coisa que se pode fazer para a ajudar um amigo nesta situação é dar apoio e ficar pronto pra uma crise de choro.
E com a ajuda dos amigos, pode ser superado. É necessário ter paciencia, acima de tudo
Eryck Schmitz
vitória disse…
Minha amiga se corta acabei brigando com ela por a não entender , mas depois que li em varios sites sobre a doença em clusive nesse , só me faz perceber o quanto agi errado e o quanto ela precisa se sentir amada
Anônimo disse…
Realmente Vitória, discussão as vezes não é a melhor saída. Geralmente ver que alguém está se importando com o que está acontecendo muda a situação, mas é difícil não julgar sem saber o que está acontecendo.
Também não é fácil manter a calma diante de uma situação que nem essa. Assusta, não é mesmo?
Mas acho que só quem já sentiu na pele, literalmente, o que é o cutting sabe o quanto é ruim e difícil de parar, como as vezes alguns gestos podem ser decisivos e importantes.
-carol
E quanto mais pessoas puderem ver esse lado da história, mais fácil será de combater o "cutting".
Anônimo disse…
Minha querida amiga Carolzitcha, seguinte: Vou unir comentários de dois textos teus em um só, pra esse e pro Tumblr.

Eu concordo com todo mundo que postou aqui em cima, é muito triste esse vício (não sei como chamar). Mas o que me vem chamando a atenção tem me incomodando MUUUUUITO: é a modinha(!) que isso, o cutting, tá se tornando. Sei que existem pessoas que realmente encaixam nas características que você colocou ali -de esconderem as cicatrizes, de não quererem chamar atenção-, mas ultimamente tem aparecido no Tumblr muita gente tirando fotos dos próprios cortes sangrando. Sei que cada um tem seu jeito, mas comprometer a sua saúde só para ganhar alguns followers, me desculpa a palavra, é simplesmente estupidez.
Essa moda não é só com o cutting que tá acontecendo. Cigarros, bebidas e drogas mais fortes tem aparecido constantemente por lá. Crianças de 11, 12 anos. Os unicórnios estão mudando.

Posso parecer fria, mas não é isso. Eu acho muito, muito triste a pessoa chegar a um nível em que ela sinta necessidade de se cortar, fumar e etc. Eu procuro não julgar ninguém por suas ações, mas sim pelo motivo por trás delas.

Julia Juchem
igor disse…
Achei muito legal o texto, já que com ele percebo que eu conheço primos que tem essa mania, e são até meio desenformados do assunto, ou pelo menos aparentam ser, e apresentam um certo desprezo com os outros familiares.
Anônimo disse…
Carol, gostei muito do teu texto, nele pude conhecer mais sobre o cutting que na verdade conhecia mesmo só como auto-mutilação. E também pude aprender que não devemos julgar as pessoas que praticam cutting mais que devemos ajuda-las.
Alice
Thays disse…
eu pratico isso e ao contar pra minha mãe ela disse gritando comigo : ** você é louca ? quer se matar menina ? se você cortar uma veia errada você morre " o ruim é que ela não vê que faço isso por me sentir sozinha e tambem por ter tido um bebe aos 14 anos ( hoje tenho 15 ) e depois que tive a minha filha a minha vida mudou e não estou acustumada a isso , sempre tive muito amor por parte dos meus pais , mais depois que a minha filha nasceu passei a apanhar do meu pai e a me sentir muito sozinha , tenho apoio da minha melhor amiga e do meu namorado . Já pedi pra minha mãe me levar ao psicologo ,sei da gravidade do assunto , e ela sempre diz que vai " marcar uma consulta " mas nunca marca , pareçe que ela não está nem ai pra mim .
Anônimo disse…
Bom, Carol... Na verdade, agradeço por você ter exposto este tema tão aberta e claramente como você propôs neste texto.
Mas, na verdade, tenho que dizer que o cutting é algo muito maior que isso... Às vezes não vem exatamente do bullying... Uma pequena pressão para que uma pessoa seja de um jeito que ela não é, o densenvolvimento do distúrbio de bipolaridade de personalidade, ou até mesmo um cansaço psicológico pode levar uma pessoa a praticar o cutting... É complicado... Envolve algo mais que sentimentos... é como se a pessoa, no momento em que se corta, entrasse 'em transi' e fosse transportada para outro mundo, longe do qual existem todas as pressões e críticas ouvidas...

Besos =*
Anônimo disse…
eu gostei muito desse assunto,vou ate comentar no colegio sobre o assunto axo ki tem gente ki nem conhece o cutting
Anônimo disse…
Achei o texto bem interessante,até porque eu já "pratiquei" a auto-mutilação e o seu texto me ajudou um pouco.Comecei a auto-mutilação com 15 anos porque sempre me excluiam dos grupos na escola e me senti sozinha,eu pensava que fazia algo errado e em casa ficava com vontade de chorar,no momento em que me cortava eu pegava meu celular e meu fone e colocava uma música bem calma,colocava também um pano em minha boca e fechava os olhos até conseguir cortar meu braço até sair sangue ficava a cicatriz e para esconder usava camisas de manga longa.Bom esse foi o meu desabavo.Adorei o texto.
Anônimo disse…
oooooi' Carol *-*eu tava pesquisando sobre cutting, e seu blog foi um dos primeiros que apareceu. Li o texto, e achei ótimo. Eu sofria de cutting desde que eu tinha 12 anos (atualmente tenho 17), só consegui parar em agosto desde ano, quando minha mãe descobriu. No começo eu não sabia o que era, não sabia também que existiam pessoas que faziam o mesmo, nem que isso era uma doença. Eu me cortava com tesouras.. ou até mesmo um lápis com a ponta bem fina, eu fincava no braço e rasgava. Aquilo me dava um alívio tão grande da dor interna que eu sentia. Nas últimas vezes, passei a me cortar com gilete. As outras cicatrizes quase nem apareciam, mas as da gilete, marcam meus braços, pernas e barriga até hoje. Sei que foi muito errado, mas não consigo me arrepender. E mesmo depois de 3 meses e meio sem me cortar, sinto uma vontade imensa de fazê-lo, mesmo sem motivos. Desculpa o desabafo.

* Evelyn,
Anônimo disse…
Bom interessante o texto mas eu não acho que cutting seja uma doença , porque acaba machucando e em vez de praticar este ato tente entender seu problema e preucure ajuda , antes de se machucar mais beijos Miqueluzzi
Rayra disse…
Eu faço isso ja faz uns 8 messes e eu te falo uma coisa nunca faça isso pois depois do primeiro corte você vai ficando dependente,eu comecei a fazer isso pois meus pais queriam q eu fosse a filha perfeita e nenhum dos dois me dava atencao era so trabalho e trabalho e o meu melhor amigo tinha me deixado e eu amava ele tbm mais a questao e eu comecei a fazer isso ate que um dia meu amigo viu me pulso e falou Rayra o q e isso?eu tive q contar pra ele e hoje ele esta me ajudando a parar falando que se eu fazer isso ele faz tbm e realmente ele fez eu fiz 18 cortes no meu braço no dia 07 desse mes e ele fez 20 ele falou que um a mais foi por causa dele que ele falou q sentiu como se ele me desse a faca para eu me cortar e o outro era pra mim me lembrar que ele me ama e nao vai me deixar fazer isso denovo e realmente ele esta conseguindo me fazer parar com isso.Carol continue sempre assim imformando as pessoas pois um dos meus piores erros foi ter me cortado apesar de so ter 13 anos eu ja sofri e sei das conseguencias de cometer cutting.Acabo esse texto com o seguinte recado nao cometa isso pois e um ciclo vicioso e queria falar q a pessoa q faz isso nao e demoniaca ou nao acredita em deus nao so procura uma saida mais simples mais as marcas lembram o q queremos esquecer.Rayra
Anônimo disse…
oi carol, eu pratico auto-mutilação, sou depressiva e compulsiva e vou a psiquiatra minha familia me chama de louca, mais eles não sabem que eu me corto, corto minhas coxas pra minha mãe não ver, se eu quisesse chamar atenção com isso eu cortaria minha testa, faço isso pra passar a dor do meu coração pra fora, mais passa só por alguns momentos, é triste e pra quem não pratica, não pratique pq você vai se sentir pior, mais as vezes é minha melhor saida . beijos
Anônimo disse…
Eu tenho 13 anos e começei a praticar cutting ,eu sempre acho que ninguém me entende .Nao consigo contar para minha mae nao quero magoa-la , eu estou começando a ficar com dificuldades de esconder . Mais eu consigo superar .. eu acho
Anônimo disse…
Eu tenho 15 anos, pratico Cutting desde que tinha 13 anos...
A única pessoa que sabe disso é minha melhor amiga, Amanda. Ela me entende, até porque ela também pratica.
As perguntas mais comuns são: "Dói?", "Posso passar a mão?", "Qual é o seu problema garota?", "Porque você fez isso?"... O que as pessoas não sabem, é que dói sim, mas a dor é menor do que a dor que eu sinto quando vejo a pena no olhar delas. Nunca fiz isso pra chamar atenção, ou porque estava virando "Modinha", faço isso porque é o jeito que eu achei de aliviar minha dor...
As pessoas veem as cicatrizes no meu pulso, mas elas nem imaginam quantas existem no meu coração, e que muitas vezes, elas mesmas fizeram.
Eu pratico Cutting...Me orgulho? Claro que não. Mas não consigo parar!
Ass: Poor Girl...
Anônimo disse…
Ana
é bom saber que muitas outras pessoas também fazem o que eu faço.
Anônimo disse…
Eu me auto-mutilo com frequência , por qualquer coisa , é difícil,tenho amigas que tem auto- mutilação também ;Não consigo parar e olha que comecei a mais ou menos 1 mês ; Muitos dos meus amigos me fazem perguntas do tipo : "Você é doida?" , "você tem problema?, ou senão dizem que isso é ridículo, meus pais ainda ñ sabem quero parar com isso porque não me sinto bem , odeio fazer isso me sinto mal e depois choro me arrependendo .Doí menos do que a dor que sinto quando olho para as pessoas a minha volta , me julgando como se eu quisesse chamar atenção ou me cortasse por moda ou coisa do tipo , meus amigos brigam comigo e pedem pra mim parar , mas é difícil .
Paloma disse…
Boa noite. Importante falar sobre isso, eu tenho 21 anos e tento muito parar de me molestar, uma das coisas q mais me chama atenção é as pessoas julgarem sem saber, mal sabe elas que isso não contribuiu e nem sabe qual a dor que sentimos por dentro e que passamos isso pelos cortes. Pelo fato das pessoas julgarem e a maioria ser da família é muito ruim. Sinto como uma pessoa desprezada, mais faço terapia, tenho ajuda de alguns amigos e da minha atual namorada, e tem um bom tempo que joguei minhas laminas fora, acreditando que posso vencer esse vicio. Gostei do texto.
Anônimo disse…
As vezes penso se seria fácil dizer até pra minha psicóloga o que eu realmente sinto .
no outro dia me arrependo plenamente e depois se tocó (...)
faz diferença ?!
Se houvesse uma clínica
Acho que seria mais razoável .
daí a convivência das pessoas com o mesmo ""problema"" ou com o "mesmo hato" sería até mais fácil ...
gueQueiroz