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Choque cultural

Por Maria Luiza Pires.

Olá, leitores! Estou aqui para publicar meu último texto, já que outro grupo, agora, será responsável pelas postagens. Para me despedir fiz algo para uma avaliação de História que fala sobre o choque cultural no período da colonização no Brasil. Neste texto criei um suposto personagem português que viveu naquele período histórico. Quis também que este personagem passasse certa mensagem às pessoas (a vocês leitores), cujo objetivo é a reflexão e problematização das relações entre os nativos e os europeus.
                                   

E, de repente, tudo mudou

“1500. A data, o ano de chegada. Chegada às terras verdes, terras de águas cristalinas e de céu deslumbrante. Tudo parecia perfeito no “novo mundo”.

Naquela época, havia também pessoas, alguns moradores. Já estavam ali há um bom tempo, pois se conseguia enxergar o tamanho cuidado que tinham com o lugar e  tão confortável se sentiam. Andavam nus, sem quase nada cobrindo seus corpos carnudos e aparentemente sadios. Não sentiam vergonha, e isto era o que mais me incomodava. Mas não mostraram agressividade alguma quando nossas caravelas pararam por lá, eles eram bastante calmos. Nos receberam com presentes, que eram simples objetos tais como arcos, miçangas, colares entre outros. Confesso que fiquei um pouco assustado com todo aquele recebimento. Parecia até que sabiam que viríamos e estavam a nossa espera, a espera da salvação. Senti-me privilegiado e até contente, pois nosso povo iria salvar aquela gente.

Com o tempo vi que eles não conheciam nada. Não conheciam armas, meios de transporte, certos animais... Nem casa grande sabiam construir. E, pior ainda, não conheciam Deus! Fiquei assustado com aquela gente, que naquele momento mais pareciam selvagens. Não tinham uma religião específica e, se tinham ninguém conhecia. Não conheciam calças, blusas, sapatos... Nada! Foi difícil ter que ensinar tudo a eles, fazê-los aprender que o maior pecado que se pode cometer é não conhecer Deus e não acreditar nele! Mas, aos poucos, fomos ensinando a eles. Transformamos aquela sociedade descivilizada...

Naquela época, tudo era diferente, por isso pensavamos assim. Hoje eu, português de sangue, me arrependo por ter feito tudo aquilo com aquelas pessoas. Me arrependo por ter pensado que meus costumes eram melhores que os deles e que meu povo era a salvação. Penso hoje que aquela sociedade era tão rica quando a nossa, e que cada um escolhe no que acreditar. Andavam nus, sem muita vergonha, mas isso nunca quis dizer nada. Eles tinham pouco, mas era tudo que precisavam. E tiramos esse pouco deles...”


Bom, espero que tenham gostado das postagens e do texto. Um abraço e até mais!

Comentários

Unknown disse…
Maria, achei legal sua posição na história, gostei do texto, e vo procurar usar ele de ajuda pra eu criar um novo ;) Bjss